por Taciana Oliveira ___




Há um covarde

Que            arde

Por entre minhas coxas

Por entre esses cabelos

Por entre os teus pelos

Que envoltos entre apelos

Dão em mim como açoites

No meio da noite

Em ébrios vinhos

Cervejas, conservas

Vem cá e esfrega

Essa covardia em mim!



Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim

 

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Somente as ruas

Sabem da dor

De ser vago e cheio

Em mesmo tempo e espaço.

 

E quando dou por elas

Um simples passo

Tenho a impressão de estar

Sob o mesmo encalço.

 


Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim

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Somente quando estamos

No teto da alma

É que desabamos...

 

Sem senso

Com um lenço

Nesse mar

Onde navegamos

 

Vivendo

E querendo

O ranço do que somos.



Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim

 





Barbara Caroline (Barbara Assim) é uma poeta de Maceió. Professora, estudante de filosofia e integra o Coletivo Poesia no Caos (grupo universitário que tem promovido a arte e suas possibilidades desde o início da pandemia, em 2020). Está lançando em breve seu primeiro livro, Palavras pesadas carregadas por borboletas, onde expõe seu espírito notívago e visceral com uma sutileza incomum. O livro deve ser lançado no primeiro semestre de 2021 pela Edições Parresia e atualmente a escritora está no processo criativo de seu próximo livro de poesias e em projetos de escrita colaborativa. A poeta escreve com um teor de "caos e fogo" singular, como diria o também poeta e seu amigo pessoal Leo Barth, responsável pelo posfácio do referido livro da autora. Assim sendo, desfrutamos em sua escrita o que a sensibilidade nos permite vivenciar ao mesmo tempo sem perder a inquietude pungente de eu lírico igualmente pandêmico.

 





Taciana Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.


 

por Natasha Silva Siviero__

 


 

por Rebeca Gadelha__


Foto: Lisiane Forte


 por Divulgação__


Coletânea de textos pautados por extrema concisão e irreverência



Com uma escrita afiada na ironia, Castelo compõe um mosaico com os “cacos” de diversas histórias

 

 

Não seria possível descrever de melhor maneira o estilo de Carlos Castelo do que com o título de sua nova obra. Cacos é um livro que reúne uma grande variedade de personagens, enredos, contextos e situações. Mas uma variedade a conta-gotas: as histórias são sempre muito curtas, algumas delas se condensando em apenas duas ou três linhas.


       Caco significa fragmentação. “Tornar algo maior em pequenos pedaços”, define o próprio autor. “É uma analogia ao que são os microcontos presentes na obra: pequenos pedaços irônicos e absurdos da realidade”, completa.


Carlos Castelo busca aprisionar em seu mais recente livro instantes extremos, sem abrir mão da verve humorística.


E, de fato, humor é o que não falta às páginas desse novo projeto do escritor, que também é jornalista, publicitário e compositor. Aliás, Castelo é um dos criadores do Língua de Trapo, grupo musical marcado pela criatividade e, sobretudo, pela irreverência.


“Já tentei ser um autor de narrativas longas”, relatou recentemente o autor em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo. “Em 2013, publiquei uma novela policial. Dali para frente fui percebendo que o meu fôlego se adequava melhor a investidas mais curtas”.


A partir daí, Castelo passou a direcionar sua produção literária para outros formatos, como a crônica, o aforismo, a poesia e as micronarrativas.

 

UM VELOCISTA DE 50 METROS

 

O escritor e humorista Gregório Duvivier, que assina a orelha do livro, salienta o poder de síntese do autor: “Carlos Castelo, exímio franco-atirador, se especializou nessa modalidade específica de literatura. Se um romance é uma maratona, o microconto são cinquenta metros rasos. Carlos convoca todos os músculos da palavra para atingir o mais rápido possível a linha de chegada”.


Duvivier ainda observa que o livro cumpre bem o propósito de dizer o máximo com o mínimo: “Nada pode sobrar, nem faltar”.


A obra reúne 101 mininarrativas, textos que se adéquam perfeitamente às idiossincrasias do leitor contemporâneo e ao absurdo de seu cotidiano. Cacos, mesmo propondo concisão, contém grande valor literário, e proporciona deleite aos amantes das letras.


 

OPINIÃO DE UM MESTRE

 

O escritor José Eduardo Degrazia, tido como um dos mestres do gênero, ao prefaciar o livro, comenta sobre as narrativas breves, que pretendem passar o máximo de intensidade com o mínimo de palavras, a fim de criar um ambiente, uma ação, um tempo, personagens e lugar”. E destaca: “Na tradição entre o humor e o terror, e a comédia de costumes, se inscreve os minicontos e microcontos de Carlos Castelo.”


 

AMOSTRAS DO LIVRO

 

A OBRA | O curso de escrita criativa estava tedioso. Na penúltima aula matou o professor e os colegas a machadadas. Agora tem uma história.


*


ACHADOS E PERDIDO | Um pouco alcoolizado no sambódromo, acredito que fiz sexo com quatro pessoas ao mesmo tempo. Estava escuro e desconfio que um deles era um cão. Ao acordar, senti falta da minha correntinha com o crucifixo.



Para conhecer mais do trabalho do autor:

 

Crônica por quilo:emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo

Poelatria: https://medium.com/revista-bravo/um-olhar-para-a-poesia-e0fada86c384

Brasil 247: https://www.brasil247.com/authors/carlos-castelo

Facebook: https://pt-br.facebook.com/carlos.castelo

Twitter: @casteladas

E-mail: castelon@me.com


 

 SERVIÇO

 

Cacos, Carlos Castelo – micronarrativas (124p; 14X21), R$40,00 (Penalux, 2021)

Link para compra: https://www.editorapenalux.com.br/loja/cacos

 





 


Carlos Castelo 
é
jornalista, poeta e compositor. Autor de 14 livros que vão de crônicas e aforismos à poesia satírica. É também um dos criadores do grupo de humor musical Língua de Trapo.

 por Taciana Oliveira___




 

por Divulgação__

 

Still Frame do clipe Incansável

 

por Manoela Cracel__


Foto:Geordanna Cordero

 

por Taciana Oliveira__

 


 por Taciana Oliveira __





 

por Adriano B. Espíndola Santos __

 

Jr Korpa

 

por Rebeca Gadelha__



 

 por Taciana Oliveira__



por W. A. da Silva__




 por Mayk Oliveira__



 por Rebeca Gadelha__


Nakono