Com uma carreira que une a racionalidade científica — é pesquisadora da Embrapa e mestre em Biotecnologia — à liberdade criativa da literatura, Lucia constrói uma poética marcada pela precisão e pela emoção. “Escrevo quando os pensamentos não cabem mais na minha cabeça. Começo como se fosse um diário, sem julgamento, e depois lapido, brinco com as palavras”, explica. O resultado são poemas que mesclam crueza confessional e engenho técnico, como já demonstrado na antologia Não mais os falsos infinitos (2021), obra que consolidou seu nome no cenário literário.
Durante a Flip, Lucia terá uma agenda intensa de participações na Casa Escreva, Garota (Travessa Gravatá, 56c/d). No dia 31 de julho, às 20h, participa da mesa "O amor (d)escrito por palavras e silêncios: viver do momento e da urgência". Já no dia 1º de agosto, marca presença em duas mesas: “Viajar e escrever, embarque conosco nesta jornada!”, às 13h30, e “Escrita sem medo: a raiva e o delírio como impulsionadores da (auto)ficção”, às 15h. No dia 2 de agosto, às 20h30, encerra sua participação com um sarau também na Casa Escreva, Garota.
Além disso, Lucia participará do lançamento das antologias do selo Off Flip, no dia 31 de julho, às 18h, na Casa Ofício das Palavras. A presença da autora na Flip 2025 celebra não só seu novo livro, mas também sua trajetória de experimentação e amadurecimento artístico.
“No começo, era rigorosa com formas e rimas, quase como se a estrutura contivesse a emoção. Com o tempo, aprendi a subverter regras — não por rebeldia vazia, mas para dar voz ao que precisa ser dito”, reflete Lucia. Essa evolução estilística já se projeta em seu próximo livro, “O nome que você me deu”, romance de autoficção que mergulha nas marcas do luto e nas camadas da herança familiar. “Quis evitar o tom vitimista. Meus personagens são humanos: frágeis, contraditórios, mas sempre buscando luz”, adianta.
Com “Onde há verdade, há poesia”, Lucia Helena Sider convida o leitor a vivenciar, verso a verso, a potência das emoções humanas — sem filtros, mas com beleza e coragem. Uma obra que nasce do íntimo para dialogar com o que há de mais universal: amar, perder e seguir em frente.
Sobre a autora
Lucia Helena Sider (São Paulo, 1971) é pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos e escritora residente em Sobral–CE. Publicou “Onde há verdade, há poesia” (2016) e "Não mais os falsos infinitos" (2021), além de integrar mais de 30 coletâneas. Finalista e destaque no OFF FLIP e finalista do Grande Prêmio Haijin do Brasil (2024), participou de eventos como a Bienal do Livro do Ceará e a Feira do Livro de São Paulo. Em 2024, concluiu pós-graduação em Escrita Criativa no LabPub, onde desenvolveu seu primeiro romance.
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