por Taciana Oliveira__





      

 por Luiz Henrique Gurgel__


                                                           

 por Vanessa Passos__


 por Ariel Montes Lima__


 por Sheila Carvalho__


Foto de Ross Parmly na Unsplash

 por Dias Campos__


Foto de Art Institute of Chicago na Unsplash

 por Mirada__


 por Carlos Monteiro__


 por Hermes Coêlho__


por  Manoel Tavares Rodrigues-Leal__



Manoel T. R.-Leal (c 2013) — fotografia em alto contraste © LdeBTavares — fundo negro por Daniel Monteiro



*


Consumo cigarros e uma novíssima ilusão d’oiro:

Novas Índias, Brazis, se me deparam em austeras, remotas viagens.

Mas há os subtis desertos, retratos de infância, e eu naufrago na espuma das imagens.


Lx. 10-7-76 – Talvez uma evocação: o irmão mais velho viveu e morreu no Brasil.


*


Que antigo beijo beija o umbigo de um corpo já antigo?

Sei que beijos navegam maravilhas, entregas, verticais visões…

Me pranteio porque em um beijo busco promessa e absoluto. Jamais te entregas,

oh cativa imagem. Agora, amar-te é escultura de loucura e latente juventude.


Lx. 11-7-76 


*


E os sítios são e, outrossim, se dispersam como verdadeiras setas

que me alvejam, de tão perto,

que o copo do corpo se perde e tu desertas,

invocando lindas figuras femininas, tão em flor, e, em um mapa deserto, dispersas.


Lx. 12-7-76


*


Jamais serei diário quotidiano como os outros, útil como os outros, inúteis.

Que grande naufrágio em a minha vida, ao acordar, em minhas manhãs fúteis.

E beleza elaboro como memória ou metamorfose. Qual ave, o poeta é nómada, que queimadas pálpebras…


Lx. 19-7-76



Manuscrito do último poema



Poemas do Livro do Amador Nómada publicados na revista Caliban:


https://revistacaliban.net/o-amador-n%C3%B3mada-1d9096fcacc5




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*Inéditos coligidos do caderno Livro do Amador Nómada (1976) por Luís de Barreiros Tavares






Manoel Tavares Rodrigues-Leal (Lisboa, 1941-2016) foi aluno das Faculdades de Direito de Lisboa e de Coimbra, frequentando até ao 5.º e último ano, mas não concluindo. Em jovem conviveu com Herberto Helder no café Monte Carlo frequentando com ele “as festas meio clandestinas, as parties de Lisboa dos anos 60 e princípios de 70”. Nesses anos conviveu também com Gastão Cruz, Maria Velho da Costa, José Sebag, entre outros. O seu último emprego foi na Biblioteca Nacional, onde trabalhou durante longos anos (“a minha chefe deixava-me sair mais cedo para acabar o meu primeiro livro, A Duração da Eternidade”). Publicou, a partir de 2007, cinco livros de poesia de edição de autor. As suas últimas semanas de vida foram muito trágicas, caído no quarto, morrendo absolutamente só no Natal e passagem do Ano 2015-2016.

 por Divulgação__


por Luís de Barreiros Tavares__



Jesus em “Acto da Primavera” 


           

 por Carlos Monteiro__



 por Vanessa Passos__


Carol Façanha

 por Carlos Castelo__



Foto de Jr Korpa na Unsplash