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Livros, vozes e celebração da literatura: AML realiza a terceira edição do Lançamento Coletivo, no dia 26 de julho
Reunindo diversas vozes da literatura mineira em uma manhã dedicada ao encontro entre livros, leitores e escritores, a Academia Mineira de Letras realiza a terceira edição do Lançamento Coletivo, no dia 26 de julho, a partir das 10h. A iniciativa destaca a pluralidade da produção literária atual e reforça o compromisso da instituição com a escuta, o estímulo à escrita e o fortalecimento de vínculos com o público. Ao longo da manhã, onze autores apresentarão suas obras publicadas entre 2024 e 2025 em momentos de leitura, conversa e troca com o público. O evento é gratuito e acontece na sede da Academia, à Rua da Bahia, 1466 – Lourdes.
Entre os autores participantes estão Bárbara Mançanares, Bernardo Lopes, Delci Cristina Martins Alves José, Carlos Aragão, Marcos Flávio de Aguiar Freitas, Maria Dulce Reis, Maria Luísa Lembrança, Marta Drummond, Rodrigo Bragamotta, Thaís Alessandra e Vilma Sorbilli. Cada um terá cerca de 15 minutos para compartilhar sua obra — seja lendo trechos, comentando seu processo criativo ou dialogando com o público. Ao final, haverá sessão de autógrafos e venda de livros, fortalecendo o elo entre quem escreve e quem lê.
A iniciativa, que teve suas duas primeiras edições realizadas em 2024 com grande êxito, foi idealizada por Jacyntho Lins Brandão, presidente da AML, que destaca: “lançamentos de livros são acontecimentos sociais, cujo maior mérito, além de tornar conhecidas as obras, está na capacidade de reunir pessoas em festa. Um lançamento coletivo potencializa essas qualidades, sendo por isso que a AML tem promovido eventos desse tipo ao fim de cada semestre. Nesse entrelaçamento em torno de pessoas e livros se encontram os ingredientes que permitem o lançamento coletivo se tornar uma bela festa”.
O 3º Lançamento Coletivo da Academia Mineira de Letras acontece no âmbito do “Plano Anual Academia Mineira de Letras — AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH — por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores.
VOZES PLURAIS
A manhã do 3º Lançamento Coletivo promete ser marcada por emoções e simbolismos. Aos 93 anos, Vilma Sorbilli lança seu primeiro livro e celebra: “fiquei muito honrada por ter meu livro selecionado pela Academia Mineira de Letras. Com essa iniciativa, a Academia cumpre o seu papel de incentivar e promover a literatura mineira. Que as minhas histórias cheguem às pessoas como o registro de um momento em que a ingenuidade da infância pode tornar a vida mágica”, comenta.
Outro destaque é a escritora Thaís Alessandra, autora afro-indígena da etnia Purí, que registra a força simbólica de sua participação: “é um marco histórico. Uma escritora afro-indígena da etnia Purí ocupando a Academia Mineira de Letras com uma obra que passou por curadoria. Isso tem o peso de uma escrevivência poética, como diz Conceição Evaristo, e a força de meus ancestrais. É também uma escrita de militância. É uma escrita que traz o protesto das águas, através de poesias. É como se as águas falassem através dessa obra.”
Para o autor Bernardo Lopes a experiência também marca um momento essencial em sua trajetória: “participar do 3º Lançamento Coletivo da AML é uma honra que começa já em ter meu livro Canção Lógica selecionado entre tantos outros, e por uma comissão composta por intelectuais que tanto admiro. A iniciativa da AML nos presenteia com a oportunidade de novos diálogos, movimento vital para a carreira de um escritor e de qualquer ser pensante".
A terceira edição do Lançamento Coletivo reafirma o compromisso da AML com a diversidade literária, o incentivo à escrita e a criação de espaços de escuta, celebração e pertencimento.
SOBRE OS AUTORES PARTICIPANTES
Bárbara Mançanares é poeta e bordadeira — inscreve com as linhas e as letras o que suspeita no mundo. Possui graduação em História (UFOP) e mestrado em Museologia e Patrimônio (UNIRIO). É autora do livro Maio (Quintal Edições, 2018), Cartografias do corpo que canta (Editora Patuá, 2021) — vencedor do Prêmio Mozart Pereira Soares na categoria Poesia em 2023 —, A voz incauta das feras (Editora Patuá, 2024) e A dança áspera das raízes (TAUP, no prelo).
Bernardo Evangelista Lopes é formado em Letras pela UFMG e atual presidente da Academia de
Ciências e Letras de Sabará. É autor de cinco livros físicos: o romance "O que disse o Imperador" (2016), a novela "Dona" (2018), a coletânea "Debutante" (2021) — que me breve chega aos cinemas em um curta-metragem apaixonante com grandes nomes do teatro, cinema e TV, como Bella Michielini, Janamô, Breno Santos (que também dirige) e Glicério Rosário —, o inovador romance em forma de série de TV "Canção Lógica: Primeira Temporada", e a coletânea "Como desenhar um cubo de Necker". Bernardo também é roteirista e autor de ensaios, contos e peças de teatro publicados em Kindle.
Delci Cristina Martins Alves é nascida em Itabira, mestra em Letras: Estudos Literários pela UFMG, na área de concentração Teoria da Literatura e Literatura Comparada. Professora de Língua Portuguesa e Literatura, dedica-se à Educação Básica, há vários anos. Já atuou na gestão escolar e, nos últimos anos, trabalha com formação de professores, na área de Literatura.
José Carlos Aragão é escritor e dramaturgo, nascido em Minas Gerais e residente em BH. Escritor, dramaturgo e jornalista, com formação em Artes Visuais (UFMG) e especialização em Literatura Infantil e Juvenil (Unimais/Educamais). Tem mais de 40 livros publicados (poesia, ficção, teatro, literatura infantil e juvenil, crônicas, humor e biografia) e participação em diversas antologias, no Brasil e no Exterior. Conquistou vários prêmios literários em diversos gêneros, sendo os mais recentes o Prêmio Cláudio Willer de Poesia (UBE, 2024) e Prêmio Paraná de Literatura Infantil e Juvenil (PR, 2024).
Marcos Flávio é Doutor e Mestre em Música/Performance pela UFMG e especialista em "Práticas Interpretativas da Música Brasileira" pela UEMG. É professor da Escola de Música da UFMG desde 2003, onde desenvolve intensa atividade didática como professor de trombone e de disciplinas como Práticas Interpretativas do Choro I e II. Foi Presidente da Associação Brasileira de Trombonistas (2018 - 2022) e é membro fundador dos Clubes do Choro de Betim e Belo Horizonte. Foi o idealizador dos projetos de extensão Coral de Trombones e Tubas da UFMG (2004) e Orquestra de Choro da UFMG (2018).
Maria Dulce Reis é doutora em Filosofia pela UFMG e professora de Filosofia no Departamento de Filosofia da PucMinas, onde coordena o grupo de pesquisa História da Filosofia. Possui três livros sobre a relação entre Psicologia, Ética e Política na obra de Platão, resultantes de pesquisa acadêmica. A ilustração (imagem da caverna) é de seu filho Otávio Reis e a capa (deusa grega Irene) é do artista, poeta e filósofo Flávio Boaventura.
Maria Luísa Lembrança nasceu em Belo Horizonte em um inverno dos anos 90. Graduada em Psicologia, também estudou Letras e Medicina. Escreve desde criança e, aos 9 anos, já havia escrito seu primeiro prefácio. Além de sua paixão pela escrita, também é apaixonada por Minas Gerais, artes plásticas, fotografia e cinema. Atualmente, atua como Psicóloga Clínica e Psicanalista em Belo Horizonte.
Marta Drummond é aposentada do Serviço Público e escreveu o primeiro livro durante a pandemia. Foi, segundo ela, o primeiro contato mais livre com a língua portuguesa.
Rodrigo Bragamotta nasceu em Entre Rios de Minas e vive em Belo Horizonte. Formado em medicina pela UFMG, especializou-se em pediatria. A necessidade de escrever o levou às oficinas de literatura, trabalhando com diversos escritores. Rodrigo acha escrever muito arriscado: é como caminhar descalço na neblina. Publicou Escafandro (2022) e A neblina tem muitos nomes (2024), pela Cas'a edições, de Belo Horizonte.
Thaís Alessandra é afro-indígena da etnia Puri. É escritora e autora da série literária Aiyra e o Rio (vol.1) - 3a edição publicada em 2024, e Aiyra e o Rio II: O Feminino Veste Cocar (obra classificada pelo prêmio PARANÁ DE LITERATURA 2023). Sou também: Poeta, (Per)former, Documentarista, Artivista de múltiplas linguagens. Publicitária pelo Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte (2010); Mestra em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto – MG (2020) - pesquisadora da Palavra (Per)formada; licenciada em Letras – Português e Espanhol pelo IBRA (2021).
Vilma Sorbilli é natural de Belo Horizonte e formou-se em inglês pela Cultura Inglesa. Aos 93 anos, decidiu publicar crônicas nas quais conta sobre sua infância.
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