Mitocôndria #5 - Fotografia Periférica

 por Mirada e Divulgação__


Fotografia:Gustavo Costa



Um podcast gravado inteiramente à distância, um programa para mobilizar debates sociais e artísticos na internet.

Mitocôndria é um respiro que surge da parceria da comunicadora e educadora Dani Guerra com o comunicador e fotógrafo Leo Silva, durante o início do isolamento social. Embora não haja regularidade na produção do conteúdo, o objetivo da dupla é a produção um de episódio quinzenalmente.

Como proposta de difusão cultural no Estado, Dani Guerra e Leo Silva participaram da convocatória Arte em Rede, onde idealizaram um programa especial sobre as fotógrafas e fotógrafos das periferias de Fortaleza, abordando a história da fotografia periférica e divulgando as produções que nascem nesses territórios.

Com a duração de 50 minutos, o episódio traz uma entrevista com o fotógrafo Gustavo Costa, além de pequenas participações especiais, crônicas imagéticas e trechos dos debates virtuais que aconteceram no mês de agosto, durante a Carcará Foto Conferência – Carcará. A colagem transmídia exibe a fala de cinco artistas sobre a construção de imagem e a periferia. Por ordem de exibição: Aline Furtado, Bira Carvalho, Flávia Almeida e Helen de Sá, do Projeto Princesinha da Favela, e Pedra Silva.

Olhar e ver

Leo Silva explica que, historicamente, as periferias são retratadas por olhares externos a elas, representadas por imagens deturpadas destas comunidades, mas que agora há um movimento de produção das próprias exposições e debates: 07 anos, uma nova geração de fotógrafas e fotógrafos  a cidade de Fortaleza a partir das suas lentes.

Gustavo Costa pontua: Acredito que parte dessa relação mais direta com as pessoas é também uma relação afetiva. Eu penso muito que estou registrando alguém do jeito que gostaria de ser retratado”.

A Mitocôndria

Os programas estão hospedados em diferentes plataformas (Spotify e Google Podcasts) e são divulgados em parceria com a Revista Berro. Durante a quarentena foram produzidos quatro episódios: o primeiro com Talles Azigon, sobre a situação dos artistas periféricos na quarentena, o segundo com Ellen Francisco, sobre a websérie independente “Na Fila do SUS"; o terceiro, o poeta e pesquisador, Rômulo Silva, fala sobre necropolítica; e o quarto, um manifesto contra o loteamento na Sabiaguaba.

No quadro FAZ TEU NOME, artistas divulgam iniciativas culturais. Dani Guerra relata que a intenção é diversificar a produção: “Temos vontade de colocar um quadro só pra divulgação literária, com leitura de trechos das produções cearenses”.

Mitocôndria #5 - Fotografia Periférica

Locução: Dani Guerra e Leo Silva

Texto de abertura: Dani Guerra e Leo Silva

Poema: Perigo - Talles Azigon

Edição: Leo Silva

Arte de divulgação: Lara Albuquerque

Vozes na Vinheta Carcará Foto Conferência: Nágila Gonçalves e Karine Araujo.

Trechos da Carcará Foto Conferência por Ordem de Aparição: Aline Furtado, Bira Carvalho, Flávia Almeida e Helen de Sá do Projeto Princesinha da Favela e Pedra Silva.

Canal da Foto Conferência Carcará: http://bit.ly/carcarafoto







Leo Silva é escritor, fotógrafo e videomaker. Começou a atuar na fotografia em 2015 na primeira exposição individual "Simples Cidade – Simplicidade", onde fotografa boa parte das comunidades que compõe o Grande Jangurussu. Em 2019 lançou um livro com o poeta Talles Azigon, SARAL #2, participando com suas fotografias. Abriu a segunda exposição individual "Meninos de Deus", que tem como tema um grupo de esporte da sua comunidade. Participou da Exposição Colaborativa BUDEGAS. Trabalha com produção audiovisual, é um dos coladores e escreve na revista comunitária "Uma Filomena". É voluntário na Biblioteca Comunitária do Santa Filomena — Biblioteca da Filó e um dos idealizadores da ExpoFoto #quarentena, uma exposição fotográfica online.


Dani Guerra é jornalista, escritora, educadora e estudante de licenciatura em história. Escreveu o livro reportagem "Por um Trilho: Memórias de resistência" em 2016 e compõe o coletivo da Revista Berro, sendo uma das editoras da revista há quatro anos. Estuda cidade, memória e alteridade. É capoeirista e agente de ações de manifestações populares e tradicionais. Criou, juntamente com Leo Silva, a Mitocôndria, podcast ainda em construção com a intenção de divulgar iniciativas artísticas e conversar sobre temas sociais relevantes. Atua com projetos de educomunicação e direitos humanos, proporcionando acesso à cultura digital e aprimoramento da escrita e comunicação de jovens e adultos.



Gustavo Costa, 27 anos, fotógrafo integrante do Coletivo Zóio, militante do Movimento Negro, e atualmente professor do Ateliê de Fotografia do Centro Cultural do Bom Jardim. Nos últimos anos atua na formação de fotógrafos ministrando oficinas e cursos em instituições públicas e de iniciativas livres, além de produzir trabalhos autorais participando de exposições individuais e coletivas. Fotografa para dizer além da palavra, acreditando na fotografia como ferramenta de mudança social.