por Mirada __
Quatro anos após ser finalista do Festival Em Cantos de Alagoas com a canção "Presente", o músico Antonio da Rosa, antes conhecido como Yo Soy Toño, lança uma nova versão da faixa, agora marcada por arranjos mais delicados e um conceito artístico renovado. A regravação está disponível em todas as plataformas digitais e simboliza uma transição significativa na trajetória do artista.
Com produção de Felipe Fernandes — conhecido por trabalhos com o Bloco Sargento Pimenta e parcerias com Maria Luiza Jobim e Julio Secchin —, Presente surge como uma ponte entre o antigo e o novo. “Ela traz algumas coisas da nova cara, mas também muito do que eu fazia antes. Então, Presente está no meio dessas duas estéticas”, afirma Antonio. A composição teve origem em anotações da adolescência, resgatadas em 2019 e lapidadas até chegar à sua forma atual.
Além de Fernandes, que assina também baixo, teclado e synths, o novo arranjo conta com a participação de Mike Rothman (bateria), Rafa Buzzi (voz) e do próprio Antonio nos vocais, violões e guitarras. O resultado é uma balada poética e romântica, que brinca com os sentidos do tempo: presente como afeto e como instante. “Lembra daquele presente que eu te deixei no passado?”, canta Antonio, numa das estrofes. O refrão, agora em coro, traz uma força emocional renovada: “Deixa essa luz acesa e a janela aberta / Não importa, agora corra pra me encontrar / [...] Sempre haverá um espaço guardado pra ti / Que eu guardo só pra ti”.
A mudança de nome artístico acompanha o amadurecimento musical do artista. “Na minha fase Yo Soy Toño ainda tinha uma coisa de curtir muita guitarra, sons mais altos — que eu ainda amo. Mas boa parte do meu repertório de composições não combinava, e agora tá mais ajustado”, explica. Assumir o nome Antonio da Rosa é, para ele, um gesto de autenticidade e responsabilidade: “Me traz mais responsabilidade e me coloca muito mais em evidência. Sou eu ali, totalmente.”
A nova fase também inclui novos voos: recentemente, Antonio realizou sua primeira turnê internacional, com 11 apresentações na França. Em Paris, se apresentou no bar La Panza, conhecido por reunir músicos brasileiros em apresentações acústicas, e levou seu repertório autoral de bossa nova a pequenas cidades dos Alpes Franceses. “Foi fantástico. Os franceses são encantados com a música brasileira — ainda mais quando são brasileiros tocando”, relata o músico.
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