por Rebeca
Gadelha e Taciana Oliveira___
Fotografia : Michael Dantas |
A capa
da 5ª edição verbaliza nossa indignação e se solidariza com o sofrimento de
todes aqueles que perderam um ente querido para a Covid-19. Em Laudelinas não
nos furtamos de nos posicionar contra o triste e desesperador momento atual
enfrentado pelo povo brasileiro. Os cemitérios estão lotados, motivados pela
inércia de políticas públicas e os supermercados estão cheios de barrigas
vazias. Diante deste cenário não nos resta outra alternativa a não ser nos
posicionarmos contra o motivador desse caos.
Neste
mês temos a alegria de receber várias autoras negras, dentre elas duas de
além-mar: Alice Sousa (Portugal) e Glória Sofia (Cabo Verde). Não podemos deixar de
lembrar que junho é célebre por tratar da luta do movimento LGBTQI+ e, nesta edição,
convidamos autoras que se somam à resistência como Lisa Alves e Yvonne Miller.
Até a próxima edição, avante!
Download:clica aqui
Taciana
Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport
Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura.
Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser
ouvir: Ter bondade é ter coragem.
por Taciana Oliveira__
Três produções que abordam temas distintos e necessários para quem ama a narrativa audiovisual, a música erudita e as questões humanitárias. Acompanha breve sinopse disponibilizada pelos serviços de streaming e link para acessar a crítica sobre cada produção. Aproveitem!
SINOPSE
No princípio
dos anos 2000, o Brasil se anunciava como uma nova potência democrática,
parecendo confirmar a promessa de se tornar o “país do futuro”. A eleição de
Lula em 2002 inaugurava um período de animadores progressos sociais e
econômicos. Mas a partir de 2013, um profundo desencanto se enraizou
progressivamente entre as classes médias e populares, culminando no impeachment
de Dilma Rousseff em 2016 e na ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência em
2018.
Onde assistir: Filme Filme
Crítica: clica aqui
8 em Istambul (Série, 2020), Direção: Berkun Oya
SINOPSE
Em Istambul, um
grupo de pessoas precisa transcender fronteiras socioculturais para fazer novas
amizades – mesmo quando suas crenças, desejos e medos se cruzam. Primeira temporada : 08 episódios
Onde assistir: Netflix
Crítica: clica aqui
Maria by Callas (Maria Callas –
em suas próprias mãos), (2017) Direção: Tom Volf
SINOPSE
“Há
duas pessoas em mim, a Maria e a Callas” Artista absoluta, se tornou um
ícone mundial e uma mulher apaixonada pelo destino inesperado, “Maria Callas –
Em Suas Próprias Palavras” narra uma história de uma vida excepcional em
primeira pessoa. Callas revela Maria, e revela também uma personalidade
incandescente e vulnerável. Um momento de intimidade com uma lenda e toda a
emoção desta voz única no mundo.
Onde assistir:
Telecine
Taciana Oliveira é mãe de JP,
comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por
fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos.
Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter
coragem.
por Taciana Oliveira ___
Há um
covarde
Que arde
Por
entre minhas coxas
Por
entre esses cabelos
Por
entre os teus pelos
Que
envoltos entre apelos
Dão em
mim como açoites
No meio
da noite
Em
ébrios vinhos
Cervejas,
conservas
Vem cá
e esfrega
Essa
covardia em mim!
Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim
_________
Somente
as ruas
Sabem
da dor
De ser
vago e cheio
Em
mesmo tempo e espaço.
E
quando dou por elas
Um
simples passo
Tenho a
impressão de estar
Sob o
mesmo encalço.
________
Somente
quando estamos
No teto
da alma
É que
desabamos...
Sem
senso
Com um
lenço
Nesse
mar
Onde
navegamos
Vivendo
E
querendo
O ranço
do que somos.
Do livro "Palavras pessadas carregadas por borboletas" (Edições Parresia), de Barbara Assim
Taciana
Oliveira é mãe de JP, comunicóloga, cineasta, torcedora do Sport
Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura.
Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser
ouvir: Ter bondade é ter coragem.
por Divulgação__
Coletânea de textos pautados por extrema concisão e irreverência
Com uma escrita afiada na ironia, Castelo compõe um mosaico com os “cacos” de diversas histórias
Não seria possível descrever de melhor maneira o
estilo de Carlos Castelo do que com o título de sua nova obra. Cacos é
um livro que reúne uma grande variedade de personagens, enredos, contextos e
situações. Mas uma variedade a conta-gotas: as histórias são sempre muito
curtas, algumas delas se condensando em apenas duas ou três linhas.
Caco significa fragmentação. “Tornar
algo maior em pequenos pedaços”, define o próprio autor. “É uma analogia ao que
são os microcontos presentes na obra: pequenos pedaços irônicos e absurdos da
realidade”, completa.
Carlos Castelo busca aprisionar em seu mais
recente livro instantes extremos, sem abrir mão da verve humorística.
E, de fato, humor é o que não falta às páginas
desse novo projeto do escritor, que também é jornalista, publicitário e
compositor. Aliás, Castelo é um dos criadores do Língua de Trapo, grupo musical
marcado pela criatividade e, sobretudo, pela irreverência.
“Já tentei ser um autor de narrativas longas”, relatou
recentemente o autor em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo. “Em 2013,
publiquei uma novela policial. Dali para frente fui percebendo que o meu fôlego
se adequava melhor a investidas mais curtas”.
A partir daí, Castelo passou a direcionar sua
produção literária para outros formatos, como a crônica, o aforismo, a poesia e
as micronarrativas.
UM
VELOCISTA DE 50 METROS
O escritor e humorista Gregório Duvivier, que assina a orelha do livro,
salienta o poder de síntese do autor: “Carlos
Castelo, exímio franco-atirador, se especializou nessa modalidade específica de
literatura. Se um romance é uma maratona, o microconto são cinquenta metros
rasos. Carlos convoca todos os músculos da palavra para atingir o mais rápido
possível a linha de chegada”.
Duvivier
ainda observa que o livro cumpre bem o propósito de dizer o máximo com o
mínimo: “Nada pode sobrar, nem faltar”.
A obra reúne 101 mininarrativas, textos que se adéquam
perfeitamente às idiossincrasias do leitor contemporâneo e ao absurdo de seu
cotidiano. Cacos, mesmo propondo concisão, contém grande valor
literário, e proporciona deleite aos amantes das letras.
OPINIÃO
DE UM MESTRE
O escritor José Eduardo Degrazia, tido como um dos mestres do gênero, ao
prefaciar o livro, comenta sobre as narrativas breves, que
pretendem passar “o máximo de
intensidade com o mínimo de palavras, a fim de criar um ambiente, uma ação, um
tempo, personagens e lugar”. E destaca: “Na tradição entre o humor e o terror,
e a comédia de costumes, se inscreve os minicontos e microcontos de Carlos
Castelo.”
AMOSTRAS DO LIVRO
A OBRA | O curso de escrita criativa estava tedioso.
Na penúltima aula matou o professor e os colegas a machadadas. Agora tem uma
história.
*
ACHADOS E PERDIDO | Um
pouco alcoolizado no sambódromo, acredito que fiz sexo com quatro pessoas ao
mesmo tempo. Estava escuro e desconfio que um deles era um cão. Ao acordar,
senti falta da minha correntinha com o crucifixo.
Para
conhecer mais do trabalho do autor:
Crônica por quilo:emais.estadao.com.br/blogs/cronica-por-quilo
Poelatria: https://medium.com/revista-bravo/um-olhar-para-a-poesia-e0fada86c384
Brasil 247:
https://www.brasil247.com/authors/carlos-castelo
Facebook: https://pt-br.facebook.com/carlos.castelo
Twitter:
@casteladas
E-mail: castelon@me.com
SERVIÇO
Cacos, Carlos Castelo – micronarrativas (124p;
14X21), R$40,00 (Penalux, 2021)
Link para compra:
https://www.editorapenalux.com.br/loja/cacos
Carlos Castelo é jornalista, poeta e compositor. Autor de 14 livros que vão de crônicas e aforismos à poesia satírica. É também um dos criadores do grupo de humor musical Língua de Trapo.