Três poemas de Josi Siqueira


por Josi Siqueira__





TETO

 

se estou do avesso

qualquer parte que me toca

causa não mais um frenesi

mas uma dor pontiaguda

que abre os portais

dos desejos psicopatas

da ansiedade mórbida

de uma leve depressão

 

PAREDE

 

o amor não dá corda pra covardes

o amor não pode

um segundo sequer

acreditar

que eu faria jus

a tamanha provocação

 

o amor não dá corda pra covardes

o amor não dá corda pra mim

 


CHÃO

 

cada traço

cada dobra

de meu corpo

é minha casa

 

em preto e branco

você consegue imaginar

mas não vê

as cores que me desenham

 

ninguém vê

seu espectro



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Josi Siqueira cresceu em Hortolândia/SP, mas sua casa é o próprio mundo. É engenheira florestal e escritora. Escreveu Me acusaram de querer mudar (2019), editou Procura-se a mulher (2020) e participou do livro Todas as formas que há de amar (2021, Pintura das Palavras). É uma das organizadoras da antologia Quando a maré encher (2022, Mirada). Seu mais recente trabalho é o livro de poesias Não repare a bagunça (2022, Editora Penalux).É apaixonada por novas experiências, gente aberta e gatos. Mora perto das montanhas, com seu gatinho Draccon e uma coleção de memórias.