por Ariel Montes Lima__
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QUANDO O EU ENCONTRA O VAZIO: CONSIDERAÇÕES SOBRE ARTE, SOLIPSISMO E SOCIEDADE
Ariel Montes Lima
RESUMO: Nesse ensaio, discuto a respeito do papel transcendente da arte frente à noção de solipsismo. Busco levantar hipóteses e questões a respeito de como a obra artística pode servir de mecanismo de coesão social, frente à limitação do conhecimento da experiência individual (solipsista). O trabalho tem carácter teórico e foi desenvolvido mediante pesquisa bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Arte. Indivíduo. Transcendência. Encontro.
INTRODUÇÃO
O rumo que toma a pesquisadora, quando diante do objeto de pesquisa, inevitavelmente possui um aspecto subjetivo, que o raciocínio formal e lógico é incapaz de compreender por si mesmo. Isso porque o objeto e o observador não se distinguem no momento de realização da práxis investigativa. Por essa razão, sei que meu interesse por dissertar acerca da arte tem caráter totalmente intimista. Isso, destarte, desejo discutir mais a fundo, uma vez que, aqui, almejo tratar de dois aspectos da vida quase completamente antagônicos: o eu e o outro. Quiçá, me cumpra construir-lhes uma ponte.
Neste ensaio, portanto, farei uma reflexão acerca do papel da arte na construção da percepção de alteridade e identificação. Talvez fosse possível, não fosse o esvaziamento semântico que o termo vem experimentando, empregar aqui o termo empatia. Não o farei. Ademais, me valerei do conceito de solipsismo para construir a reflexão. Assim, partirei do ponto de que a percepção da realidade de um sujeito está condicionada à sua individualidade, na qual a realidade experimentada é incognoscível para fora do eu que a vive, tal que não é possível sua comprovação. Desse modo, sua concepção de alteridade e seu acesso à percepção de mundo do outro nunca é plena.
DESENVOLVIMENTO
Para Wittgenstein (1994), a percepção de realidade do sujeito está relacionada às fronteiras de sua linguagem. Esse aspecto foi largamente tratado a posteriori pelos relativistas da linguagem. Entre os mais destacados, podemos citar Edward Sapir (1980; 1954) e Benjamin Lee Whorf (1978), cujas teses fundaram efetivamente a corrente de pensamento alcunhada Relatividade Linguística. Tal corrente teórica defende que diferentes idiomas implicam diferentes concepções de mundo.
Efetivamente, não podemos desassociar a percepção individual da realidade de uma fronteira estabelecida em um lugar ignoto da linguagem. Freud (1987) sublinha que o inconsciente não é plenamente acessível, muito embora se estruture como uma linguagem. Nesse sentido, o autor destaca que somente o podemos vir a conhecer pelas manifestações de sua existência colocadas em uma linguagem. Assim, os atos falhos, chistes e sonhos -por exemplo- seriam como “florações” de uma estrutura muito mais profunda.
Posterior ao austríaco, Lacan (1966) irá pensar o inconsciente propriamente enquanto uma estrutura linguística. Nesses termos, podemos pensar que: “o inconsciente não é um ‘conteúdo’ que possa ser acessado ou interpretado diretamente, mas sim uma estrutura simbólica que molda a subjetividade e a forma como o sujeito se relaciona consigo mesmo e com o mundo. ” (ABRAHÃO, 2023).
Com efeito, estando estabelecida a relação entre pensamento e linguagem, é mister ainda que se pontue o fato de que a percepção da realidade não está necessariamente atrelada ao que a realidade é per se, mas ao juízo que o sujeito faz dessa realidade. Afinal, a compreensão da realidade passa pelo aspecto afetivo da experiência, o que leva a própria vivência a ser, ao seu tempo, uma interpretação da vivência (OCKER, 2022).
Desse modo, não podemos desassociar três elementos fundamentais na concepção da realidade individual: a língua, o inconsciente e a experiência. Essa relação, por sua vez, poderia ser -superficialmente- aclarada em um processo cadenciado: a experiência imprime representações no inconsciente e o inconsciente, por sua vez, estrutura-as na linguagem. A linguagem se expressa na língua. Daí, volvemos da capo. A nova experiência, então, se lê mediante as fórmulas pré-desenvolvidas pela estrutura língua-inconsciente.
Evidentemente, semelhante processo implica também que a realidade individual seja intrinsecamente irrepetível. Daí, advém uma indagação fundamental: é possível o eu conhecer algo que não sua própria vivência particular? Melhor, seria possível a demonstração da existência de um real externo à experiência íntima do eu?
Diversos filósofos buscaram aprofundar-se nesse tema, trabalhando o conceito de solipsismo, o qual se pode definir como uma
doutrina segundo a qual só existem, efetivamente, o eu e suas sensações, sendo os outros entes (seres humanos e objetos), como partícipes da única mente pensante, meras impressões sem existência própria [Embora freq. considerado uma possibilidade intelectual (caso limite da filosofia idealista), jamais foi endossado integralmente por algum pensador.] (BLACKBURN, 1997, p. 367).
Não nos atemos à definição mais radical a referida ideia. Todavia, de fato, a existência de algo fora do eu -embora possível e provável- não é completamente depreensível ao sujeito individual. Isso porque a percepção da realidade por parte do indivíduo não é “transparente”. Pelo contrário, essa recepção do exterior-ao-eu é repleta de intersecções entre o que o sujeito vive e o que o sujeito interpreta (a partir do que já viveu).
Até determinado ponto, é possível a defesa convicta de tal percepção. Contudo, as sociedades humanas encontraram uma forma de manifestação da subjetividade que desafia a percepção estritamente racional: a arte.
Numerosos teóricos se detiveram a respeito do papel subjetivo e coletivo da arte, tal que esse já seja um terreno amplamente estudado. Por esse motivo, realizaremos um breve recorte bibliográfico da literatura canônica produzida a respeito da arte. Evidentemente, não esgotarei a miríade de produções já escritas até o presente, nem tampouco é esse meu objetivo neste texto.
Butler (2018), por exemplo, discute o papel performático do gênero enquanto instituição social. Butler discute como as representações de gênero na arte podem reproduzir e reforçar as normas existentes, contribuindo para a opressão e a marginalização de certas identidades. Ela critica a forma como as artes visuais e a cultura em geral muitas vezes limitam a diversidade de experiências de gênero e sexualidade, e enfatiza a importância de questionar essas representações e buscar uma arte mais inclusiva e representativa. A autora diz ainda que, embora a arte possua essa característica, ela também tem o poder se subverter as instituições por meio da reinvenção das possibilidades de ser.
Rancière (2012) coaduna com a percepção de que a arte e capaz de promover câmbios sociais. Destarte, o autor analisa como a arte pode desafiar as estruturas de poder existentes, reconfigurar a percepção e promover a emancipação política.
Por outra parte, Adorno (2010) irá problematizar a mercantilização da arte frente ao paradigma burguês-mercantil. Em confluência com Benjamim (1994), o autor discute os efeitos e problemáticas da indústria cultural e da reprodutividade técnica da obra artística. Assim, a desumanização do fazer artístico poderia ser interpretada como um esfacelamento do poder semiótico da criação, uma vez que a arte produzida para e em função do jogo capitalista não seria capaz de alcançar seu pleno potencial, estando limitada às demandas e limitações da máquina econômico-industrial.
Outros autores, como Marcuse (1979) e Weber (2004) agregam à discussão sobre o papel da arte frente à economia e sociedade.
Marcuse especifica a luta pela sobrevivência através de um processo que visa uma objetividade histórica na qual a sociedade industrial sai vencedora e onde os avanços da tecnologia diminuem o distanciamento do homem em relação à satisfação de sua necessidade e manutenção de sua existência. Dessa forma, o filósofo aponta dois problemas cruciais para o posicionamento de qualquer teoria crítica da sociedade industrial. O primeiro prevê que a vida humana deve ser vivida da melhor maneira possível, ou seja, deve ser tornada digna de viver; o segundo, que na sociedade industrial existem meios e modos capazes de melhorar a vida humana. A partir desses dois problemas fica-nos evidente a supremacia da sociedade tecnológica, que tem a racionalidade instrumental como forma dominante e que alcança, objetivamente e com mais facilidade, a realização desses dois pressupostos, uma vez que o progresso da técnica e o surgimento de novas mercadorias suavizam a luta pela existência e aproximam o sujeito daquilo que lhe é determinado como necessário. Assim, a sociedade dominante coloca como irracional o sujeito que se posiciona contra os meios materiais que lhe proporcionam mais conforto e diminuem sua necessidade de prolongar o esforço para manutenção da vida (TEODORO, 2012, p. 121).
Weber, por sua vez pensa a relação entre a arte e as estruturas sociais. O autor explora, dessarte, a forma como a religião, a política e a economia influenciam a produção artística e o papel da arte na sociedade.
Ainda dentro do binômio arte-sociedade, Marx (2011) irá propor uma visão mais radical ao pensar a arte como um reflexo das estruturas de classe e das relações de poder na sociedade capitalista. Isso, pois, não exclui a arte de um papel que, embora não a limite a tal condição, não deixa de ser, diversas vezes, de mantenedora da opressão de classe e subjugação do pensamento estético do oprimido.
Foucault (2013) também pensará a arte como instrumento de manutenção do poder hegemônico. O autor examina, destarte, diversas instituições sociais (a arte entre elas) e como essas atuam no campo da produção, controle e reprodução dos discursos. Mais além disso, em As Palavras e as Coisas (FOUCALT, 2007), o autor salienta a cisão ocorrida na Modernidade entre os signos representacionais e os elementos do mundo real. Nas palavras de Medeiros e Viana (2012, p. 27):
Antes do século XVII, signos e coisas se entrelaçam no espaço plano do real. Se, no Renascimento, o ato de conhecer as coisas não difere do ato de interpretar textos, se a ordem da natureza repete a sintaxe das palavras, se a realidade é mapeada por sons vocais, sobretudo por haver certa condição de semelhança entre ambas, o que confere à Idade Clássica, segundo Foucault, a qualidade de “era da representação” é o fato de a linguagem ser tomada como uma estrutura formal abstrata. A partir de então, a linguagem se converte em instrumento para representar ideias ou pensamentos. O nó imediato entre palavras e coisas acha-se, então, desfeito.
Ainda dentro da escola francesa, Durkheim (2008) enfatiza que a arte possui ainda o poder de promover a coesão social, unindo os sujeitos e atribuindo ao conjunto o sentido de “grupo”. Isso pode ser associado ao que propõe Paz (1991), a respeito do papel da arte na construção da identidade de um povo. Ademais, Bourdieu (1996) acrescenta que o acesso aos bens culturais se relaciona diretamente com a continuidade da estratificação social, funcionando os primeiros como um capital cultural.
Os referidos autores trabalham a arte desde uma perspectiva baseada em suas funções enquanto fato social. É dizer: valorizam, sobretudo, os efeitos e usos que se fazem da arte dentro do jogo das relações de poder. Essas relações, por sua vez, estão regimentadas pelo modus vivendi burguês capitalista.
Porém, existem outros teóricos notáveis, cuja menção é importante para minha reflexão. A começar por Georg Simmel (2006); o autor discorre sobre a importância da arte na formação do indivíduo, cuja relação é moldada pela estrutura capitalista que tem o dinheiro como valor capital. Assim, o aparato econômico da sociedade ditaria as formas de arte e essas, por sua vez, a maneira como os indivíduos se relacionam e se identificam.
Um dos autores mais relevantes para essa discussão é o britânico Jonh Berger (2011), o qual trabalha efetivamente a arte desde uma perspectiva semiótica. O autor defende que a forma como os sujeitos veem as imagens é influenciada por suas experiências, crenças e valores, bem como pelas estruturas de poder e pela ideologia dominante.
Uma das ideias mais relevantes de Berger é que a tradição artística ocidental tem perpetuado uma maneira particular de mirar as imagens, conhecida como "modo de ver dominante". Esse modo de ver é baseado na noção de que as imagens são vistas como objetos isolados, descontextualizados de sua origem e de sua função social. Berger argumenta que tal abordagem reforça a ideia de que a arte é um objeto de contemplação passiva, distanciando-a da realidade e do engajamento social.
Dewey (2010) trabalha também com um viés relevante: a importância da arte para a construção de uma sociedade democrática. Aqui, nos detemos, pois a capacidade de “colocar-se no lugar de outrem” promovida no processo artístico tem grande valor social. Sartre (2018), dirá, inclusive, que a arte possui a capacidade de revelar as ambiguidades da condição humana, destacando, assim, o sentido intimista da obra artística.
Afinal, a posição do sujeito individual diante do coletivo parece, necessariamente, estar permeada pela arte. Somos, afinal, seres sociais, cujo contato com o mistério da alteridade tem provocado densa angústia ao longo dos séculos. No entanto, o fato é que o outro segue sendo mistério. A arte, então, emerge como uma tentativa de se estabelecerem “pontes” e contatos com algo posto no inconsciente alheio. Uma tarefa árdua.
Não há dúvidas de que, verdadeiramente, os teóricos da escola de Frankfurt, assim como a corrente francesa fizeram um grande acerto ao pensar no emprego da arte na manipulação social. Contudo, o que almejo dizer é que a mensagem atribuída à arte enquanto vivência do lugar do outro talvez não seja tão verdadeira quanto se pode crer.
Com efeito, a interpretação de Berger é umas das mais curiosas nesse sentido, uma vez que o autor capta a existência de certas fórmulas de leitura artística. Indo mais além, todavia, sabemos que a vivência do eu no mundo é mediada por outras fórmulas mais ou menos evidentes, como: sua origem, suas vivências e sua língua materna. Assim, é provável que a interpretação da arte e, portanto, da vivência impressa subjetivamente pelo artista não represente com exatidão um processo de recepção, mas sim de (re)criação de sentidos.
O que digo com isso é que a experiência individual não é capaz de interpretar o que lhe é exterior por uma ótica que não a de si mesmo. Assim sendo, pois, a intersecção do que seja transcendente na arte e na vida de um indivíduo provavelmente não é mais do que a transcendência do próprio indivíduo frente a si mesmo. Ou seja: algo que não está na arte e que ela própria não seria capaz de transmitir, não fosse o que lhe é exterior: o próprio eu que a observa.
Afinal, retomo, a experiência de ser no mundo está constituída a partir da angústia de, in primo loco, nem mesmo se poder averiguar a existência do que nos é externo. Assim sendo, a conexão estabelecida por intermédio da arte não deixa de ser suposta e passível de múltipla interpretação justamente porque esta se constitui como tal quando em contato com o interlocutor. Ou seja, embora a arte enquanto fenômeno social seja relevante, esta encontra sua finalidade na relação do eu com o outro.
Nesse sentido, a arte não seria, segundo essa visão, mais do que um significante vazio. Quem lhe preenche, então, de significado é o próprio observador. Objeto e sujeito, nessa ordem, são partícipes de um mesmo processo, tal que todos os sentidos estão no sujeito, que, paradoxalmente, os atribui aos significantes conhecidos progressivamente e os reintroduz nos novos significantes com os quais trava contato.
Dessa forma, vejo-me na obrigação de pontuar que há aqui uma encruzilhada teórica, pois, se estabelece uma equação na qual o objeto artístico é produzido por um sujeito inserido em uma realidade na qual a própria materialidade do real experimentado não é passível de averiguação. Nesse cenário, o objeto artístico é qual um tiro no escuro, uma mensagem em branco a buscar este outro que lhe preencha de sentido no mesmo mundo em que a mera existência desse outro é incógnita.
CONCLUSÃO
Como conclusão ao presente ensaio, aponto que é possível aduzir do problema aqui tratado não propriamente uma resposta, mas um questionamento e, no melhor dos cenários, um interesse para investigações vindouras. Evidentemente, a relação entre os sujeitos -mediada ou não pela arte- é ambígua e paradoxal.
O outro é um mistério, uma vez que o campo do conhecimento individual é mediado pelas experiências do próprio indivíduo, tal que não é possível dizermos que haja uma transcendência artística para além do que o próprio eu concebe.
Enfim, a arte “constrói pontes” entre as pessoas, mas as pontes não são mais do que percepções intimamente subjetivas do sujeito ilhado em suas próprias percepções do real, tal que uma mesma mensagem jamais se repete para dois indivíduos, se é que podemos averiguar o que nos é exterior. Como disse, reitero: a obra artística é um significante vazio, cujo significado lhe é atribuído por seu observador.
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Ariel Montes Lima é pessoa non-binary, psicanalista e professora. Autora dos livros Poemas de Ariel (TAUP, 2022), Sínteses: Entre o Poético e o Filosófico (Worges Ed., 2022), Ensaios Sobre o Relativismo Linguístico (Arche, 2022), Poemas da Arcádia (Caravana, 2023) e O Inominado (TAUP, 2024).