“Produção Cultural pelo Afeto” propõe nova ética para artistas e gestores em tempos de performance e hiperprodutividade
Em um cenário cultural dominado por metas, métricas e editais concorridos, o livro Produção Cultural pelo Afeto (Editora AbraPalavra) nasce como um manifesto contra a lógica da produtividade desumanizante. Assinado por Aline Cântia e Chicó do Céu, o título sistematiza uma metodologia de gestão e criação artística que coloca o afeto, entendido como prática ética, estratégica e política, no centro da produção cultural.
Resultado de mais de dez anos de atuação do Instituto Cultural AbraPalavra em territórios diversos como comunidades quilombolas, indígenas e periferias urbanas, a obra alterna entre o relato memorialístico, o ensaio crítico e o manual técnico. Dividido em quatro partes (Primeiros caminhos, Pé na estrada, Rotas escolhidas e Na linha do horizonte) o livro oferece tanto reflexões quanto ferramentas práticas para quem atua no setor cultural e deseja conciliar excelência artística, escuta comunitária e sustentabilidade.
“Nosso trabalho sempre partiu da premissa de que o afeto não é um detalhe romântico, mas a coluna vertebral de qualquer produção cultural verdadeiramente transformadora”, afirma Aline Cântia, jornalista, narradora e gestora cultural, conhecida por fundar a primeira escola brasileira voltada à narração artística, a ELENA (Escola Livre de Estudos da Narração Artística), projeto que já formou centenas de artistas pelo país.
O livro também revela os bastidores da produção cultural, desde a escrita de projetos e orçamentos até a prestação de contas e internacionalização de carreiras, sempre com ênfase em processos colaborativos e coerência com o território. Chicó do Céu, músico e produtor, destaca que produzir pelo afeto “significa entender que cada projeto é uma rede viva de relações, que exige tanto planejamento financeiro quanto abertura para a magia dos encontros”.
Com ilustrações e projeto gráfico do artista André Curvello e edição de Fernando Chagas, Produção Cultural pelo Afeto é também um objeto estético, uma ferramenta formativa e uma convocação: à reinvenção da cultura a partir de uma ética do cuidado.
A obra posiciona-se como leitura essencial para quem deseja resistir ao produtivismo que ameaça esvaziar o sentido da arte e da cultura.
Sobre os autores
Aline Cântia, 43 anos, é jornalista formada pelo UNI-BH (2002), mestre em Literatura (2005) e doutora em Educação (2017). Narradora de histórias com atuação internacional, fundou aos 30 anos o Instituto Cultural AbraPalavra, organização que hoje engloba editora, escola de narração artística e Pontão de Cultura. Autora de "Narração Artística: modos de fazer", já recebeu prêmios como Pontos de Memória e Darcy Ribeiro por seu trabalho na interface entre arte, educação e território.
Chicó do Céu (Luiz Carlos Lopes Dinuci), 42 anos, é músico, compositor e produtor cultural. Natural de Itaperuna (RJ) e criado em Contagem (MG), dedica-se há duas décadas à produção cultural independente, com ênfase em processos colaborativos e gestão comunitária. Já realizou turnês nacionais e internacionais com projetos que unem música, literatura e oralidade.
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