Luna Vitrolira leva poesia e performance a São Paulo antes de turnê europeia

 


Luna Vitrolira leva poesia e performance a São Paulo antes de turnê europeia

A poeta e performer pernambucana Luna Vitrolira desembarca em São Paulo em setembro para uma série de apresentações, mesas de conversa e oficinas que antecedem sua primeira Eurotour literária, prevista para setembro e outubro, com passagens por Portugal, França, Inglaterra, Alemanha e Espanha.

A programação paulistana dá destaque à força da poesia nordestina contemporânea e ao protagonismo feminino. No dia 9 de setembro, Luna participa da mesa Entrelinhas Pernambucanas ao lado das poetas Cida Pedrosa e Dayane Rocha, no Sesc CPF, discutindo ancestralidade, resistência e a potência da escrita do Nordeste. No dia 10/9, no Sesc 24 de Maio, apresenta o espetáculo Em Nome da Liberdade, que entrelaça poesia falada, música e performance corporal para revisitar memórias da resistência negra.

O roteiro segue no Sesc Taubaté (11/9), onde repete a mesa Entrelinhas Pernambucanas. Já no Sesc Vila Mariana, Luna ministra no dia 13/9 uma oficina de criação poética e performance, seguida de apresentação gratuita no dia 14/9, às 15h, na Praça de Eventos da unidade.

Após São Paulo, a artista segue para o Cariri, onde participa da Balada Literária de Juazeiro do Norte (12/9), e para Niterói (17 a 20/9), em apresentações com o grupo Mulheres de Repente pelo edital Pulsar. Na sequência, embarca para Lisboa, onde lança seu novo livro, Memória Tem Águas Espessas (23/9, Livraria Travessa — Galeria Verso), e participa da abertura do Festival de Poesia de Lisboa (25/9). A turnê inclui ainda passagens pelo Festival Middle Ground, em Berlim, e pelo Festival FÓLIO, em Óbidos, Portugal.

“É a primeira vez que uma poeta de Pernambuco realiza uma Eurotour, e quero que esse momento seja também um espaço de celebração e resistência”, afirma Luna.



Natural do Recife e criada em Paulista, Luna Vitrolira é poeta, cantora, compositora, pesquisadora e palestrante. Estreou na literatura com Aquenda — o amor às vezes é isso, finalista do Prêmio Jabuti 2019, transformado em projeto transmídia. Sua obra mais recente, Memória Tem Águas Espessas, mergulha nas memórias da Zona da Mata de Pernambuco, abordando ancestralidade, identidade e cura, com inspiração em autoras como Conceição Evaristo e Grada Kilomba. Além da produção artística, Luna é idealizadora do projeto Mulheres de Repente, já foi jurada dos prêmios Jabuti e Oceanos e atua como CMO da 99Jobs, desenvolvendo projetos de equidade de gênero e combate ao racismo voltados a jovens periféricos e instituições educacionais.