Feira, poesia, exposições e resistência: MOLI 2025 celebra Hilda Hilst e a literatura independente


Da esquerda pra direita na vertical: Amara Moira (foto: Cintia Antunes), Ave Terrena (foto: Ana Paula Paiva)
Gabriela Greeb (Maurizio Manciolli), Mestre Sinhá Rosária e Luana Guarani


Feira, poesia, exposições e resistência: MOLI 2025 celebra Hilda Hilst e a literatura independente


Entre os dias 7 e 9 de novembro, o Museu da Imagem e do Som de Campinas recebe a 2ª edição da MOLI — Mostra Literária de Campinas, evento gratuito que celebra a literatura independente e a diversidade de vozes da cena literária contemporânea. A programação inclui feira literária, exposições, oficinas, debates, exibição de filme, espetáculo teatral e um sarau em homenagem à escritora campineira Hilda Hilst — inspiração central desta edição.

Idealizada por Gabriela Guinatti, a MOLI nasceu como um espaço democrático de criação, encontro e circulação de literatura plural. “Queremos fortalecer a rede de escritoras e escritores, ampliando o acesso à arte e à cultura”, afirma a também diretora da mostra.


Sexta-feira (7/11): abertura com arte e homenagem


A abertura oficial será às 18h, com a inauguração de três exposições: “Língua Materna”, de Fernanda Lazzarini; “Aquarelas e Nanquins, Mandalas e outras Decodificações”, de Olga Bilenky; e a mostra fotográfica “Cida”, de Thaísa Aluani. As obras exploram temas como ancestralidade, memória e linguagem e ficarão abertas durante os três dias da mostra.


Às 19h30 será exibido o filme Hilda Hilst Pede Contato, de Gabriela Greeb. Em seguida, às 20h30, haverá mesa de debate com a diretora e a artista Olga Bilenky, mediada por Gabriela Guinatti. O encontro discute o legado literário e a potência criativa de Hilda Hilst, referência fundamental da literatura brasileira contemporânea.



Sábado (8/11): oficinas, feira e sarau


O segundo dia começa às 10h com a “Oficina de Dramaturgia”, conduzida por Ave Terrena, convidando o público a experimentar a escrita teatral como prática de invenção e escuta.


Das 13h às 21h, a Feira Literária reúne autoras, autores e editoras independentes de diversas regiões do país. Metade das vagas foi destinada a pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mães solo, reforçando o caráter inclusivo da MOLI.


Um dos momentos mais esperados será a mesa “Bruxas, Escritoras e a Palavra Indomesticável”, às 14h, com Amara Moira e Karine Medeiros, mediadas por Maria Fernanda Moreira.


Doutora em teoria e crítica literária pela Universidade Estadual de Campinas, Amara Moira é travesti, feminista e autora dos livros E se eu fosse puta (n-1 edições, 2023) e Neca: romance em bajubá (Companhia das Letras, 2024). Reconhecida por sua escrita corajosa e pela atuação política e cultural, Amara traz à MOLI reflexões sobre corpo, desejo, linguagem e poder, temas que dialogam diretamente com a poética rebelde de Hilda Hilst.


Das 18h às 21h, o sarau “Um Canto para Hilda” reúne vozes poéticas contemporâneas para celebrar a liberdade criativa da autora. As inscrições para participar do sarau estão abertas.


Domingo (9/11): oralidade, ancestralidade e encerramento performático


O último dia inicia às 10h com a Oficina de Poesia Griot, ministrada por Griôta Nil Sena, que propõe um mergulho nas oralidades afro-brasileiras e na potência da palavra ancestral. A Feira Literária continua das 13h às 21h, com novas sessões de autógrafos e lançamentos.


Às 14h, a mesa “A Identidade da Palavra-Poética, Memória e Ancestralidade” reúne Mestra Sinhá Rosária e Luana Guarani, com mediação de Tânia Alves. O encontro reflete sobre a escrita como espaço de preservação de histórias e resistência.


O encerramento da MOLI acontece às 19h com “Volúpia”, espetáculo teatral da artista Helena Agalenéa, que dialoga com o erotismo e a transcendência — temas centrais na obra de Hilda Hilst.


Durante os três dias, o público também poderá usufruir do bar do Assentamento Marielle Vive, fortalecendo a integração entre literatura, cultura e convivência comunitária.


Programação Completa | 2ª MOLI — Mostra Literária de Campinas

Local: Museu da Imagem e do Som de Campinas
Mais informações: @moli.mostraliteraria
Bar do Assentamento Marielle Vive — disponível durante todos os dias do evento.

 

Sexta-feira – 07/11


18h00 — Abertura do espaço e das exposições:

“Língua Materna”, de Fernanda Lazzarini

“Aquarelas e Nanquins, Mandalas e outras Decodificações”, de Olga Bilenky

Exposição fotográfica “Cida”, de Thaísa Aluani

(As exposições permanecem abertas durante os três dias da Mostra.)

19h30 — Exibição do filme Hilda Hilst Pede Contato, de Gabriela Greeb

20h30 — Mesa de debate com Gabriela Greeb e Olga Bilenky
Mediação: Gabriela Guinatti


Sábado – 08/11

10h00 às 13h00 — Oficina de Dramaturgia com Ave Terrena

13h00 às 21h00 — Feira Literária com escritoras, escritores e editoras independentes

14h00 às 17h00 — Mesa de debate “Bruxas, Escritoras e a Palavra Indomesticável”
Com Amara Moira e Karine Medeiros
Mediação: Maria Fernanda Moreira

18h00 às 21h00 — Sarau “Um Canto para Hilda”


Domingo – 09/11

10h00 às 13h00 — Oficina de Poesia Griot com Griôta Nilvanda Sena

13h00 às 21h00 — Feira Literária com escritoras, escritores e editoras independentes

14h00 às 17h00 — Mesa de debate “A Identidade da Palavra-Poética, Memória e Ancestralidade” 

Com Mestra Sinhá Rosária e Luana Guarani
Mediação: Tânia Alves

19h00 — Espetáculo de encerramento “Volúpia”, de Helena Agalanéa