por Rebeca Gadelha__


 

por Iaranda Barbosa__

 


 

por Germana Accioly__

Retratos e Relatos, Panmela Castro

 por Taciana Oliveira__




 

por Divulgação__



por Rejane Gonçalves___



 

 por Valdocir Trevisan__


Jota Camelo


O economista e filósofo grego Cornelius Castoriadis (1920/97), já alertava em 1979: o jornalismo contemporâneo inventa todos os trimestres um novo gênio e uma revolução nesse ou naquele domínio com esforços comerciais eficazes para fazer guiar a indústria cultural.


Para a alegria do gado.


A cultura como fábrica de ideologias e personagens e onde a massa que faz parte do futuro (Zé Ramalho), não visualiza seus potenciais, pois estão encarcerados.


A vida não é um romance político, romance é outra coisa. Ora, adoro romances, mas devemos ter o cuidado de perceber que eles podem se transformar de um simples romance para uma arma e ameaça, até para nossos hábitos, havendo necessidade de separar a realidade da ficção quando a temática envolve política.


Esse cuidado recrudesce diante das palavras de Costariadis quando a cultura ultrapassa dimensões de nossas identidades e assume valores, não é mesmo? Pois aí está o perigo de culturas industrializadas, o momento das criações ideológicas, a hora onde "vocês que fazem parte dessa massa" segue a boiada.


Nesses momentos surgem caçadores de marajás, onde o caçador é o próprio marajá, (com milhões de seguidores falindo e perdendo suas poupanças), e mitos como personagens de um suposto romance. Porém, real e com finais infelizes.


Em busca de nossa independência (ou morte), toda sociedade autônoma deve sangrar diante tais submissões. Todo cuidado é pouco com as grandes corporações midiáticas. E seguir os malucos dadaístas, ousando contra imposições e tradições traiçoeiras daqueles mitos que a mídia produz de três em três meses e, pasmem, alguns tornam-se até presidentes de nações. Tá loko!


 

O indivíduo que não é dono de suas palavras, já doutrinado pela indústria cultural, aceita as artimanhas de corporações poderosas, tanto financeira como ideológica. Isto provoca o silêncio dos inocentes, pois eles sempre irão se preocupar no que  os outros vão pensar no que eles pensam, afinal eles querem a inclusão, fazer parte da elite, mesmo com dívidas no mercado, padaria, bancos...que coisa!


Se a publicidade e a política tem poderes de manipulação, de criar modismos e ritmos, somente através de uma sociedade reflexiva poderemos retornar o pêndulo. A crítica exige sua presença. Ora, somente assim para combater caçadores de marajás, reis e outros mitos. Autorreflexão, essa é a palavra. Costariadis dizia que numa democracia a coletividade e seus grupos fazem parte do que antigamente se chamava "agora", os espaços públicos de Habermas. São esses locais que podem originar regimes autorreflexivos.


Lá as funções da crítica rebatem aquele dito popular que diz que todo povo tem o governo que merece. Busco incrementar as críticas à indústria cultural por outros caminhos, mas em dado momento é necessário recorrer às suas teorias.


Lembrar que a repetição e a reprodução introduzem valores, afinal a reprodução tem capacidade (e objetivo), de aumentar suas cópias.


Fica fácil a produção de mitos e personagens, cantores, atores e até disciplinas com a consagração da televisão e através de suas visibilidades inimagináveis, criando modismos, costumes e...mitos.


O assunto é repetitivo, porém não muda, se repete, repete e repete.


Quando falei no medo que as pessoas tem de não serem incluídas, recordo a teoria da comunicação "Espiral do Silêncio". Ela mostra como o "inocente" é manipulado, não através de agendas, mas pelo medo, se obrigando a ficar quieto, num silêncio constrangedor. A pessoa se sente coagida, numa posição vulnerável, obrigada ao silêncio.


Vou simplificar: imagine você no meio de um grupo com ideias contrárias a sua, e eles, os simpáticos alegando que quem pensa de forma alternativa são os "burros". Não é melhor para você ficar quieto? Afinal você não pensa como eles, os "sábios". A mídia utiliza muitas vezes essas artimanhas e a elite mais ainda. Eles são terríveis né? Resta a massa que faz parte do futuro seguir a maioridade de Kant, com esclarecimentos...


O relevante é não fazer parte do gado, isso é do interesse deles, pois o conhecimento fica restrito e o perímetro limitado.


Como na ciência da linguagem muitas vezes a ética inexiste, toda atenção às leis antinaturais. A mídia está 24 horas ligada, e segundo Paul Valéry, estudioso da comunicação: a própria noite está povoada de palavras de jogo, e desde a manhã somos atingidos quando inúmeras folhas impressas estão em nossas mãos, mãos que passam...


Sinto obrigação de permanecer alerta para combater os "inteligentes" de plantão com seus interesses, já que eles entram em nossas casas todos os dias, sabendo que eles não passam todas as informações, apenas aquelas que lhes interessam


Taí um começo para combater e derrubar as fábricas de mitos e amenizar nossos prejuízos.


E definitivamente, entender porque certos governos não desejam disciplinas como filosofia ou sociologia nas escolas, pois como Jean-Paul Sartre disse: quando dizemos que um homem faz a escolha por si mesmo, entendemos que cada de nos faz essa escolha, mas, com isso, queremos dizer também que ao escolher por si, cada homem escolhe por todos os homens".


Escolher por si, não como se fosse parte de uma boiada.










V
aldocir Trevisan é gaúcho, gremista e jornalista. Escreve no blog Violências Culturais. Para acessar: clica aqui

 

por Rebeca Gadelha e Taciana Oliveira___

 


 

por Taciana Oliveira__



Fotografia: Toa Heftiba


 

 

por Rebeca Gadelha__



 

por Taciana Oliveira___


Fotografia: Distância/ Movimentos de Dança, por Vagner Gonzaga

 

por Adriano B. Espíndola Santos___

 

Jr. Korpa

 por Delmo Montenegro___



por André Luiz Pinto___ 




por Sidnei Olivio__