Escritas Pretas | Estudo N1º Morte e Vida, por Ângelo Fábio e Luiz Mauro

 por Ângelo Fábio e Luiz Mauro Leonel Ferreira___





“A indiferença é o peso morto da História”. Estudo N1º Morte e Vida 



A maior probabilidade é de que sejamos mortos por uma bala encontrada, por um baculejo de rotina por parte da polícia, por um atropelamento ou se tivermos a “sorte” por um AVC (parada cardíaca) fulminante. Neste último caso seria um luxo! 

João Cabral de Melo Neto, revisita sua morte em vida, dentro de um estudo arriscado e corajoso pelo grupo Magiluth de Recife PE.
Existe lugar de fala?


Epílogo

Recife final dos anos 80, uma banda de punk rock com gente preta e lá do Alto José do Pinho surgia na cena underground desta cidade. Anos 90, já sacava essa galera que era do caralho! da antiga soparia no Pina, a Rua da Moeda no Recife Antigo ou nuns botecos bem massa por Casa Amarela ou lá pelas bandas do Ibura. Por ali ouvíamos e batiamos cabeça com a DEVOTOS DO ÓDIO!


Emerson Molusco, amigo meu foi quem me apresentou essa galera quando ele ia vender produtos de limpeza pra minha mãe, Dona Carminha quando tinha um restaurante popular no centro de Camaragibe. O Emerson dirigia uma Kombi que dentro dela tinha muitas fitas k7 e uma dessas fitas era da Devotos do Ódio, o nome me chamou muito a atenção e não dava pra se entender o que se ouvia. Mas só sei que eu gostava daquilo lá.


Por si só já carregava um monte de ódio e não entendia o porquê de tanto sentimento assim, mas com o passar dos anos a gente vai amadurecendo e se fudendo cada vez mais, e no decorrer do processo criamos mecanismos estratégicos de Re-existência. 

O Marconi de Souza Santos, mais conhecido como Cannibal, é o preto da banda de punk rock citada acima, esse cabra é pioneiro no movimento punk no estado de Pernambuco. No ano de 2018, ele lança o seu livro MÚSICA PARA O POVO QUE NÃO OUVE, livro com as suas composições, inaudíveis das fitas k7 que cheguei a ouvir nos anos 90, muitas das gravações eram feitas num dia de sábado quando ficávamos aguardando ansiosamente o o especial do final de semana. Quando paro pra pensar do como conseguia-mos aproveitar os tempos, as relações humanas e as de consumo eram outras. Potencializava-mos os encontros com amigos/as e não tínhamos as facilidades que temos hoje como as dos aplicativos. 

 

 

 

Guilherme é um jovem ligado no século 21.
Luiz Mauro Leonel Ferreira

20 anos e já é empreendedor... seu próprio patrão; escolhe o horário que vai trabalhar e reserva um tempo pra se preparar fisicamente, pois vai ser jogador de futebol.

Segundo grau completo. Fala clara, objetiva e correta.

Ele é entregador da rapp empresa de aplicativo, embora a mochila seja do ifood. Não é dono do seu “meio de produção": a bike. Mas, veja que legal, o ifood tem convênio com a empresa que administra as bikes do Itaú; são dezenas à sua disposição na Faria Lima: é só pegar e pagar 10 reais por mês, vai passar para 30 reais.

Uma pechincha.

É esperto. Seu expediente é à tarde, onde a demanda de entregas é maior.

A empresa oferece uma espécie de seguro, para caso de acidente. Ele, como bom “empresário”, preferiu bancar seu INSS.

Recebe 5 reais por entrega, seja a 1 ou 15 km de distância.

...vento no rosto dá uma sensação de liberdade: sem padrão, sem gerente... só ele ao vento.

Ah, o dinheiro que recebe é livre de despesa: lucro total.

Eta presentão do NEOLIBERALISMO: Jovem Empreendedor... empresário de si mesmo.

Empoderado... só que não.





A Ação. Estudo N1º Morte e Vida 



17 de março de 2022, e uma fila imensa na Rua do Apolo, víamos ali rostos “bonitos/as e descolados/as”, majoritariamente 85% destes corpos “bonitos e descolados” eram “brancos”. O ar condicionado do Teatro Apolo estava bem frio e neste espaço sagrado subentendia-se que estávamos prestes a presenciar um talk show. Ufaaaaa!!!! Não era ali mais uma montagem com a mesma estética de Morte e Vida Severina, do mesmo Cabral que viu o seu cão em plumas boiar morto e apodrecido no rio Capibaribe. Como senti falta dos entregadores/as de aplicativos, mas para que se fazer presente este público justamente numa noite onde tivemos a possibilidade de ver corpos “bonitos e descolados”?  


Ufaaaaa!!!! Não era mais do mesmo que estávamos prestes a experienciar ali naquele palco, naquela sala fria. Pois tudo era minimalista de uma forma crua e violenta. Porém o que estávamos prestes a presenciar era poesia naquela sala fria. Talvez do lado de fora ou no hall do teatro alguém tivera feito um pedido do aiFode! 


Mas o que vou contar aqui também faria um grande sentido se tivera sido feito dentro do Rio Capibaribe, na Favela do Rato, no Coque, no Alto José do Pinho, no Teatro de Santa Isabel, no Cine Teatro Bianor ou seja lá onde for, pois um entrega-Dor/Ator estava na Ponte Santa Isabel, rolou uma vídeo chamada e daquela videoconferência senti a catinga de mijo do Recife. Nossa, como esta cidade é fotogênica. Mas e daí? Seria muito mais fácil eu falar de uma peça de teatro, não é? Mas aqui quem dita as regras sou eu, já que estou no meu “lugar de fala.” ou no lugar aonde pisamos? ou numa realidade que percebo…?


Visualizei num jogo cênico e cínico da vida diversos entregadores/as com suas dores a caminho de suas diversas mortes. No decorrer do processo da vida irreal que o teatro nos possibilita presenciamos em cena o grito e o vibrar de Lula Lá! e do bater cabeça como se estivéssemos numa roda de pogo. A minha vontade era abrir essa roda. Olho para trás um amigo e preto sorri pra mim com aquela cara que diz: Só nós que estamos entendendo? 


Os 85% dos que ali estavam passaram super bem ao assistir a realidade alheia e distópica das suas. Trata-se de um privilégio para poucos o não vivenciar tal realidade, mas para mim e para o meu amigo não, pois nós éramos os entregadores de aplicativo que tem de trabalhar mais de 10 horas por dia sem descanso para almejar aquele dito lugar do “Chegar lá”. Porém nada impede destas pessoas que fazem parte dos 85% de vivenciarem a realidade dos/as entregadores/as, se apropriarem e assumirem a luta de muitas outras classes, pois não há “lugar de fala”, basta assumir a responsabilidade e empatia para que algo possa mudar na vida de tantos/as outros/as pessoas que não tem quase nada.


Um jovem entregador teve uma morte “tranquila” ele teve o privilégio de ter um AVC com a caixa de entrega em seu horário de trabalho. Era mais um corpo na via pública como um saco de entulho qualquer. Olha só que privilégio não foi uma bala encontrada que se alojou em seu corpo, ele não foi parado pela polícia, e muito menos foi atropelado no bairro de Casa Forte por alguém que representa os frutos da Casa Grande. Sua morte foi “serena e digna”, mesmo estando num tripalium trabalhando mais de 10 horas por dia de domingo a domingo com breves instantes pra tomar seu latão, sonhando com uma vida melhor e pedalando pra cima e pra baixo com o rumo certo. Cumprir a meta do aiFode! para se ter sua comissão de R$ 3.00 a cada entrega. Mas o que seria destes corpos/as “bonitos/as e descolados/as” no ano pandêmico sem vacina do período do #ficaemcasa ? coitado desses corpos/as, pobre pessoas elas não poderiam sentir fome. Mas temos um importante detalhe: o corpo deste entregador caído morto no palco era mais um corpo invisível. Será que a plateia os via? 


Os atores em cena passam por cima dele, cria um conflito existencial, um alguém tira uma arma pelo direito a proteção de sua propriedade privada, outro caminha e joga um B.O para dois atores entrarem num desafio, o objetivo é de que cheguem a um consenso. Durante uns 5 minutos presenciamos um importante debate sobre as mais diversas camadas da estrutura capitalista. O melhor de tudo é que os 85% ainda conseguiam rir diante aquela “ficção” assistida.


Mas espera aí, que texto sem pé e nem cabeça é esse que estou lendo neste momento? Isso aqui não faz nenhum sentido com a peça! Porém o que faço aqui é simples, só estou revisitando as mortes! João Cabral de Melo Neto todo o tempo esteve ali no Estudo Nº1 Morte e Vida do Grupo Magiluth. Como é bom ver algo arriscado, o teatro nos possibilita tantas coisas inclusive de ver um ator interpretando um trabalhador lascado no palco ao ponto dele estar morto e ninguém ir até ele para levantar seu corpo e de dar o mínimo de dignidade em seu triste fim.


As cortinas estão abertas e tudo é minuciosamente pensado. Nada é acidental. Estamos prestes a presenciar o típico teatro contemporâneo. A estética, os recursos, a constante quebra da quarta parede, os elementos do cotidiano na cena etc etc. Mas o que me apego aqui são a três fatores: o estudo (pesquisa); a dramaturgia, o elenco, a direção e o não entendimento de muita gente diante a tudo aquilo que presenciamos. Sim, o que vimos ou vi ali foi pura violência, pois a violência tem diversas camadas. Olho para trás e vejo Cannibal Santos da banda Devotos observando a espetacularidade de sua realidade, ele morador e ativista do Alto José do Pinho que é do caralho! Lá a realidade não é distópica, ela simplesmente é o que é. Canibal é um homem preto que entendeu super bem todo o recado dado ao modus operandi que o teatro nos possibilita ver.


Quais recortes e identificação racial e social se encaixa no Grupo Magiluth? Estudo Nº1 Morte e Vida é um ato político, ou recurso estético? Mas o que temos aqui é teatro, e mesmo que para os 85% não tenha caído a ficha, cedo ou tarde ela irá cair.


Vou tocar num tema aqui abre caminho pra os mais diversos debates, mas irei colocar este termo. O povo brasileiro e mestiço e aí me pergunto o Grupo Magiluth o que é que é? É um grupo que faz teatro e outras coisas.


No dia 18 de agosto foi a vez do Estudo Nº1 Morte e Vida ocupar o palco do Teatro Vitória na 16ª edição do Festival Nacional de Teatro de Limeira em SP, e uma vez mais observo detalhadamente o público algumas pessoas mais pareciam estarem deslocadas no tempo e espaço, pois a obra é tão “regional” que às vezes dificulta o entendimento por uma questão geográfica, mas a realidade do entrega/Dor/Ator se encaixa em qualquer cidade, pois a barbárie é a mesma. Ao final, já me deslocando para um hostal troco uma ideia com rapaz que estava na platéia, caminhávamos para a mesma direção, trocamos algumas ideias logo lhe pergunto: e aí, o que você achou? ele me disse: sou entregador… ficamos em silêncio e seguimos nossos rumos e marcamos um encontro em algum momento quando eu voltar a cidade de Limeira que fica a 2h de viagem da grande São Paulo. 


Presenciamos um extraterrestre, um astronauta, ou seria um outro tipo de capitania hereditária? sua chegada na cena é jocosa e cômica com aquele sotaque lusitano foi ali que consegui rir diante as situações e dos diálogos construídos dentre tamanha crise existencial do/os personagens, mas o entrega/Dor/Ator continuava com seu corpo/entulho estendido no chão.


Estudo Nº1 Morte e Vida é um manifesto, uma denúncia. Acredito que João Cabral de Melo Neto se estivesse vivo teria gostado de ver uma releitura tão arriscada de seu poema, pois o seu cão em plumas seguiu boiando morto e apodrecido no rio Capibaribe, no Tietê, em Piracicaba ou qualquer outra margem.


Também acredito que o teatro por si só possa ser pedagógico, possa ter outros públicos, possa abrir outras possibilidades de debates e reflexões, pois o re-fazer teatral para uma única camada da sociedade (classe média) é algo cruel. Espero assistir o Estudo Nº1 Morte e Vida com um imenso público de entregadores de aplicativos e que estes/as profissionais que além de se verem ali no palco, esta camada de trabalhadores/as possam mudar sua triste e infame realidade. 


Não adianta de nada meros gritos de ordem advindo dos prédios e das zonas de conforto de uma sociedade quando a realidade distópica nos massacra todos os dias.  

“A conquista do poder cultural é prévia à do poder político, e isto se consegue mediante a ação concertada dos intelectuais chamados orgânicos infiltrados em todos os meios de comunicação, expressão e universitários”. (Antonio Gramsci)   

   


Sobre o grupo


Fundado em 2004 na UFPE, o Grupo Magiluth desenvolve um trabalho continuado de pesquisa e experimentação, tendo sido apontado pela crítica e pela imprensa como um dos mais relevantes grupos teatrais do país. Com nova sede no coração da capital pernambucana, realiza colaborativamente diversas ações nos eixos de pesquisa, criação e formação artística, em constante diálogo com o território em que está inserido. Possui em seu histórico dez espetáculos, fundamentados em princípios da criação teatral independente, de realização contínua e com intenso aprofundamento na busca pela qualidade estética. São eles: “Corra” (2007), “Ato” (2009), “1 Torto” (2010), “O Canto de Gregório” (2011), “Aquilo que o meu olhar guardou para você” (2012), “Viúva, porém Honesta” (2012), “Luiz Lua Gonzaga” (2012), “O ano em que sonhamos perigosamente” (2015), “Dinamarca” (2017) e “Apenas o Fim do mundo” (2019). Em 2020 e 2021, desenvolveu três Experimentos Sensoriais em Confinamento concebidos especificamente para o momento de suspensão social (Pandemia COVID-19), sendo eles “Tudo que coube numa VHS” (indicado ao Prêmio APCA na categoria Teatro Digital e vencedor do Prêmio APTR de teatro 2021 na categoria Melhor Espetáculo Inédito ao vivo), “Todas as histórias possíveis” e “Virá”.


Em 2012 o Grupo Magiluth foi escolhido pela Folha de São Paulo como segunda melhor estreia do teatro nacional. Participou de importantes projetos no cenário teatral brasileiro, tal como o Programa Rumos Itaú Cultural — Teatro, Palco Giratório em 2015 e com o seu repertório de espetáculos e demais ações formativas e pedagógicas tem circulado pelos principais festivais do Brasil com passagens, por exemplo, pela Mostra Internacional de Teatro de São Paulo - Plataforma Brasil, Festival de Teatro de Curitiba, Festival Internacional de São José do Rio Preto, FIAC - Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia ,  FILTE – Festival Latino Americano da Bahia, Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília, Cena Brasil Internacional - CCBB RJ, Festival Internacional Ibero-Americano de artes cênicas de Santos - MIRADA, Festival Nacional do Teatro do Recife,  Porto Alegre em Cena,  Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITSP, Circuito SESC de Artes, entre outros. Com isso, o Grupo Magiluth vem alcançando ainda mais notoriedade tendo seu trabalho reconhecido não só pelo grande público que o acompanha, mas também com indicações a diversos prêmios nacionais a exemplo do Shell de melhor cenografia, APCA para melhor Ator, Prêmio Aplauso Brasil por melhor ator coadjuvante, Melhor Direção e Melhor Espetáculo de Grupo, todos estes para o último trabalho do grupo "Apenas o fim do mundo (2019)".



Luiz Fernando Lopes Marques nasceu em 19 de novembro de 1977 em Santos (SP). Desde cedo, seu mundo fantasioso também era formado pela sua própria língua, o que o fez se autochamar Lubi. Dos irmãos, foi o único a seguir carreira artística, embora ainda criança tivesse o sonho de se tornar advogado, profissão que lhe traria dinheiro suficiente para bancar suas produções audiovisuais. Quase no fim do curso na Escola de Arte Dramática (EAD/USP), tranca a matrícula para se dedicar a montagem de Hysteria. Desde então, é diretor do Grupo XIX de Teatro, um coletivo que ocupou um espaço na Vila Maria Zélia, em São Paulo.


Formação atual do grupo


Lucas Torres, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Pedro Wagner, Erivaldo Oliveira e Bruno Parmera)


Ficha Técnica Estudo Nº1 Morte e Vida

Criação e realização: Grupo Magiluth

Direção: Luiz Fernando Marques

Assistente de Direção e Direção musical Rodrigo Mercadante

Dramaturgia: Grupo Magiluth

Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral e

Lucas Torres Amorim 

Fotografia Vítor Pessoa e Mariana Beda 

Design Gráfico Bruno Parmera

Duração 1h20mi

Classificação: 16 anos


Contatos
http://www.grupomagiluth.com.br/
https://www.instagram.com/magiluth/
https://www.facebook.com/magiluth 

https://www.youtube.com/grupomagiluth 









Angelo Fábio artista interdisciplinar, atua com o cruzamento das linguagens cênicas, audiovisual e artes visuais. Vive em trânsito entre SP e PE. Fundador do Pós-Traumático Coletivo, Casa Pós, Hemisférios Itinerantes Cooperativa de Comunicação Cultura e Trabalho (AR/BR 2028/2010) e Caosmo Cia. Experimental 2002/2004. Estudou jornalismo de investigação na Universidade Popular Madres de la Plaza de Mayo e Licenciatura em Direção Cênica na Universidad Nacional de Artes - UNA (Argentina) entre os anos de 2008 e 2012. Idealizador e curador da Mostra Periférica; Cineclube Universo Paralelo; Produtor, roteirista e assistente de direção do doc Dona Dóra. A mística do boi (2021) disponível na plataforma Itaú Cultural Play. Atuou e produziu o monólogo Coelho Branco. Coelho Vermelho de Nassim Solemanpour; Coord. do Ciclo de Ações Heutagógicas; Encontro das Artes Cênicas de Camaragibe (2017/2020); idealizador e produtor do livro Bianor – Trajetórias e Memórias (2018). Com experiência no campo da gestão pública em cultura, dirigiu o Cine Teatro Bianor Mendonça Monteiro, equipamento da Fundação de Cultura de Camaragibe (2017/2018) e ex-diretor adjunto da Diretoria de Cultura de Lago Posadas, Argentina (2012/2013).







Luiz Mauro Leonel Ferreira
- 68 anos, com muito amor e tesão pela vida... Preto Velho, Coxo e Pobre... sou Pretes. Professor de Filosofia. 32 anos de escola pública. Pós em Comunicação pela Cásper Líbero/SP. ...Caminho, penso, falo e escrevo em "pretuguês" (Lélia Gonzalez). Sou…“ser-no-mundo-lidando-com-as-coisas-e-falando-com-os-outros"
(D. M.Critelli/Heidegger)  luiz.mauro.lf@gmail.com   @luiz.mauro.5095110