Leia Mulheres: podcast, financiamento coletivo e parceria com Companhia das Letras

 por Divulgação__






Oito anos de Leia Mulheres: podcast, financiamento coletivo e parceria exclusiva com Companhia das Letras estão entre as novidades


Presente em mais de 100 cidades brasileiras com clubes de leitura gratuitos, o coletivo Leia Mulheres completa oito anos trazendo novidades: o lançamento de um podcast literário junto a uma campanha de financiamento coletivo via Catarse, e ainda uma parceria exclusiva com a editora Companhia das Letras. Há clubes de leitura do coletivo também no exterior, em países como França, Portugal, Alemanha, Suíça e Singapura. O trabalho é voluntário e envolve quase 400 mediadoras literárias, que organizam os clubes localmente e são coordenadas pela organização nacional, sediada em São Paulo. São realizados mais de 2 mil encontros para discutir obras de autoria de mulheres por ano, contabilizando os clubes filiados.


O Leia Mulheres é inspirado no #readwomen2014, projeto-manifesto criado pela escritora e ilustradora britânica Joanna Walsh. A ideia por trás da hashtag tem a ver com uma luta cada vez mais compartilhada de empoderar mulheres escritoras que sobrevivem a um mercado editorial com preponderância de vozes masculinas. 


Em 2015, Juliana Gomes pensou numa forma mais prática de rever as leituras e teve a ideia do Clube de Leitura Leia Mulheres. Ela chamou Juliana Leuenroth e Michelle Henriques, que também trabalham no mercado editorial, para serem mediadoras. O primeiro encontro aconteceu em São Paulo, em março de 2015, para discutir "A Redoma de Vidro”, da Sylvia Plath.


“Joanna propôs que as pessoas olhassem para suas estantes e vissem quantas escritoras estavam entre suas preferidas. Claro que os números foram desastrosos. Nós, feministas, ainda líamos mais homens do que mulheres. Por que isso? Falta de acesso? Falta de livros? De divulgação?”, questionam as fundadoras e organizadoras nacionais.


Quase oito anos depois, o Leia Mulheres acontece com reuniões mensais em todos os estados brasileiros. Entre as novidades para o novo ciclo, estão o lançamento de um podcast literário quinzenal, lançado junto a uma campanha de financiamento coletivo (https://www.catarse.me/leiamulheres) para financiá-lo. A ideia é pautar escritoras independentes, consagradas, mercado editorial e tudo mais que cerca o livro de autoria feminina. 


“Há bastante tempo queríamos fazer um podcast do ‘Leia’, mas infelizmente não tínhamos verba para o mesmo. A ideia do financiamento veio justamente daí. Queremos pagar o nosso trabalho de pesquisa e gravação, bem como a edição”, justifica Michelle Henriques. 


Para 2023, a partir de maio, a Companhia das Letras e o Leia Mulheres terão um clube de leitura on-line juntos. Com encontros realizados sempre na primeira quarta-feira do mês, às 20h, o clube Leia Mulheres + Companhia pretende ler e discutir obras escritas por mulheres e publicadas pela editora. A participação no clube é gratuita, mas está limitada às 25 primeiras pessoas que se inscreverem. O formulário para a primeira edição, que acontece no dia 03 de maio, estará disponível nas redes sociais da editora a partir do dia 10 de abril, às 11h.


O livro do mês selecionado para o clube ficará com 30% de desconto no site da Companhia das Letras durante todo o período da leitura. O primeiro encontro será no dia 03.05, às 20h, sobre o livro “Ciranda de pedra”, clássico de Lygia Fagundes Telles.


Literatura gratuita e para todos


Ao longo dos oito anos, o Leia Mulheres não se restringiu a encontros mensais de seus clubes. “Leia Mulheres”, o primeiro volume da coletânea que inclui contos de mediadoras escritoras, foi lançado pela editora Jandaíra, houve mediação de mesas literárias em feiras importantes (Bienal do Livro de São Paulo, Feira do Livro de São Paulo e Festival Literário de Paraty) e o coletivo foi finalista de prêmios, repercutindo amplamente na mídia. Muitas pesquisas, entre dissertações e teses, abordaram o Leia Mulheres, que também já entrevistou autoras como Paulina Chiziane e Igiaba Scego.


“Notamos muita mudança nesses anos todos. Surgiram diversas livrarias e editoras focadas em mulheres. As mesas nos eventos literários também contam com mais autoras, além daquelas sendo premiadas”, aponta Michelle. “Ainda há muito o que mudar, irmos além da presença de mulheres brancas padrão nos meios literários”, analisa. “Esperamos ver ainda mais melhorias e espaço para todas as mulheres, de escritoras a profissionais do comercial de editoras.”


Confira a lista de livros mais lidos nos clubes de leitura do Leia Mulheres:


O peso do pássaro morto, da Aline Bei
Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus 

Ciranda de Pedra, da Lygia Fagundes Telles 

Kindred, da Octavia Butler 

Flor de Gume, da Monique Malcher 

A pediatra, Andrea del Fuego 

O parque das irmãs magníficas, da Camila Sosa Villada


Acesse o site do Leia Mulheres: www.leiamulheres.com.br

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