Lançamento de Vento de Queimada, um romance de André de Leones

por Divulgação___







Romance leva o leitor a um faroeste à brasileira


Em Vento de queimada, André de Leones instiga o leitor a vivenciar aspectos pouco vistos e explorados do Brasil dos anos 1980. Isabel é a protagonista desse novo romance, que se desenrola em meio à violência na região centro-oeste. Com texto de orelha assinado pela escritora Luisa Geisler, a obra será adaptada para o cinema pela Conspiração Filmes. O livro de estreia de André de Leones, Hoje está um dia morto, também foi levado ao cinema em 2019 como Dias vazios, por Robney Bruno Almeida



Vento de queimada será lançado no dia 27/05, as 15h, na Livraria da Tarde, em São Paulo

Vencedor em 2006 do Prêmio Sesc de Literatura, que completa 20 anos em 2023, e finalista do Prêmio São Paulo, André de Leones traça em Vento de queimada um retrato de um país composto por beleza, mas também por horror. Isabel, a protagonista, é uma matadora. Junto com o pai, um ex-policial, ela executa serviços para figuras poderosas e influentes no estado de Goiás.


A história se passa em 1983, no centro-oeste brasileiro. Estamos nos estertores da ditadura, e bandidos de todos os tipos circulam pelos porões da cena política nacional. Vento de queimada é sobre o custo-Brasil: cadáveres e mais cadáveres se amontoam, e às vezes o único jeito de alcançar a saída é atirando. Uma narrativa amoral sobre criaturas imorais.




Trecho do livro

“Desceram ao mesmo tempo. Ela contornou o carro e se sentou ao volante, pronta, enquanto ele avançava, revólver em punho. O frentista terminara de abastecer e encaixava a mangueira na bomba, bocejando. Ainda fora do carro, o fulano tinha parado de dançar e dizia alguma besteira para a mulher, que ria bem alto. Um baque, o frentista caindo no chão. Depois, os disparos. A mulher se encolheu toda, escondendo a cabeça. Não gritou, não tentou fugir. Por um segundo, Isabel teve a impressão de que Garcia também a mataria, mas, depois de se abaixar e dar uma boa olhada na fulana, soltou uma risadinha e deu meia-volta, balançando a cabeça.”  



Sobre o livro

“Goiás, DF: nosso velho (centro-)oeste”, isso define Vento de queimada. Um Tarantino tropical, mas não tanto, já que é seco. Seco em linguagem, seco em personagens.” – Luísa Geisler





André de Leones
(Goiânia, 1980) é autor dos romances
Eufrates (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura), Abaixo do paraíso, Terra de casas vazias e Hoje está um dia morto (vencedor do Prêmio Sesc de Literatura), entre outros. Vive em São Paulo. Página pessoal: andredeleones.com.br.