por Davison da Silva Souza__
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Foto de Jr Korpa na Unsplash |
Enquanto o vento-refrescante toca meu rosto, fecho os olhos e apenas escuto “Viver e partir, voltar e repartir”. Como um mantra, a frase ecoa para além dos meus ouvidos, ela percorre todo o meu corpo, retorno para a melancolia. E sem perceber canto baixinho:
Viver e partir
Voltar e repartir
Viver e partir
Voltar e repartir…
Enquanto canto, fico pensando em todos os momentos com minha turma do segundo ano, cada choro, cada conflito, cada sorriso-sincero, cada abraço em dias cinzas, cada cartinha, cada carão que eu lhes dava e que deles e delas recebia, cada momento de estresse, mas para além, o amor que construímos em comunidade.
Hoje, enquanto escrevo essa narrativa, meu coração-chora, e por consequência uma tonelada do meu olho escorre, clara e salgada. Viajo, lembrando de diversas estórias que a gente viveu, sempre aprendendo a ser humanos.
E por mais que a gente saiba que as partidas são consequências dos contínuos de cada ciclo, se despedir de quem você ama é sempre difícil. E por mais que eu saiba que...
Viver é partir
Voltar e repartir
Algo em mim não quer que essa partida aconteça, meu desejo é acompanhá-las por mais ciclos e desafios, vendo e vivendo com elas novas etapas. Contudo, amar também é partir. Para que um dia, possamos…
Voltar e repartir.