Conhecido por sua abordagem experimental e o compromisso com as novas vozes autorais brasileiras, o selo editorial Mirada nos próximos meses lançará quatro obras que exploram diferentes perspectivas das relações humanas. Os novos títulos transitam entre a intimidade do cotidiano, a ancestralidade negra, as nuances do Carnaval e a poesia em caráter de reinvenção.
Carnaval e poesia: a folia além do estereótipo
Em "Euphoria", de Manuela Piame, o leitor é convidado para uma imersão profunda e multissensorial no Carnaval brasileiro. A obra vai além da folia, explorando as camadas sociais, emocionais e políticas da festa. Manuela, que atualmente finaliza seu mestrado na Inglaterra, combina fotografia, poesia e sonoridades para explorar uma experiência incomum dos sentidos. A publicação inclui códigos QR que permitem a audição de sonoridades da festa popular, incentivando uma leitura ativa e participativa. O lançamento físico ocorrerá em outubro na Bienal do Livro de Pernambuco, no estande 41 da Mirada, com eventos de divulgação posteriormente agendados nas cidades do Rio de Janeiro e em Recife durante o Carnaval do próximo ano.
Sobre a autora
Manuela Piame — Diretora, Produtora e Roteirista. Paraibana radicada no Recife, nasceu em 1986. Graduada pela Universidade Federal de Pernambuco — curso de Rádio e TV. Atua como diretora, produtora cultural e roteirista. Filmografia: Cecília — Projeto Filhas de Lilith (2011); Deserto (2011); Elevador (2009); Fragmentos(2009) e After all, are we all lost ? (2025)
Infância e ancestralidade: as aventuras de Bayo
A escritora Maria Cristina Tavares expande o universo de “No quintal da tia Maria” com o lançamento de “As aventuras de Bayo em terras africanas”. O livro acompanha a personagem Bayo em sua viagem pelo continente africano, apresentando uma ponte afetiva e simbólica com a ancestralidade negra. A narrativa, voltada para o público infantojuvenil, celebra a diversidade, a sabedoria e a oralidade, convidando os jovens leitores a uma peregrinação de descobertas e aprendizado. O livro entrará em pré-venda nos próximos dias e será lançando em setembro na FLUPE (Feira Literária das Periferias), que acontecerá pela primeira vez em Recife.
Sobre a Autora
Maria Cristina Tavares é pernambucana, pedagoga, licenciada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, mestra em Educação, Culturas e Identidades (UFRPE/Fundaj). Professora, educadora social e escritora. Tem se dedicado à valorização das culturas afro-brasileiras e da educação antirracista por meio da literatura. Idealizadora da @marialivreira, livraria independente com foco na literatura étnico-racial infantojuvenil. Publicou artesanalmente “Cordel Rainha Tereza de Benguela” (2020) e pelo selo editorial Mirada: “No Quintal da Tia Maria” e “Cordel África, um Continente” obras voltadas ao público infantojuvenil que celebram a ancestralidade, oralidade, cultura, identidade, os saberes e vivências negras.
Cotidiano e afeto
Germana Accioly apresenta “A esperança não recebe visitas”, uma narrativa que mescla cartas, diários e textos poéticos para dar voz às nuances do cotidiano, do feminino e dos afetos. Com o Recife como pano de fundo, o livro é uma coletânea de crônicas onde a autora se conecta com o leitor como quem oferece um café numa tarde chuvosa: sua escrita acolhe, provoca e revela aquilo que, muitas vezes, insistimos em não revelar. Lançamento em outubro, na Bienal do Livro de Pernambuco, no estande 41 da Mirada.
Pré-venda: clica aqui
Sobre a Autora:
Germana Accioly, diretora de relações estratégicas e comunicação da Escola da Democracia, é jornalista, especialista em Política e Representação Parlamentar pelo CEFOR em Brasília e em Política e Cultura pela Agecif, Paris. É autora do Relatório dos Mandatos Ativistas no Brasil (2023). É cronista, publicou textos em diversas revistas e sites e lançou seu primeiro livro, “Não é Sobre Você”, em 2021. Participa da coletânea “Crônica Popular Brasileira”, ambos pela editora Mirada.
Estreia literária: o corpo enquanto ilha
A poeta Luciana Pinto faz sua estreia com “Corpo-ilha: poemas de travessia”, um livro que explora a vulnerabilidade e a reinvenção do corpo. Seus versos narram naufrágios emocionais e criam pontes de resistência. A escrita de Luciana é marcada por invenções linguísticas e deslocamentos poéticos — um verdadeiro chamamento para transformar “ancoragem em impulso” e “tatuar a própria vida”. A palavra aqui é matéria viva: ressuscita, reconstrói, desloca, cura. Destaque para os bordados de Ana Júlia Ribeiro, que se entrelaçam na construção visual-narrativa do livro. Lançamento em outubro, na Bienal do Livro de Pernambuco, no estande 41 da Mirada.
Sobre a Autora:
Luciana Pinto é uma mulher negra, pernambucana radicada na Bahia há 15 anos, com 52 anos. Assistente social de formação, atua há 27 anos no campo das organizações não governamentais, transitando entre o social e o cultural. É escritora, contadora de histórias e dançarina de ritmos populares, prestes a lançar seu primeiro livro de poesias. Com experiência no audiovisual, coordenou projetos sobre juventude, direitos e cultura popular. Mestra em gestão social, atua também na produção cultural e em pesquisas sobre comunicação e semiárido.
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