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por
Adri Aleixo
O pintassilgo
Eu,
tão mineira querendo falar sobre o mar
o
mar e a ideia do eterno retorno
dia
desses me perguntaram se lá em casa havia quintal
—
minha
mãe criava porcos
meu
pai plantava cana, eu disse
mas
esse fato também não é a garantia de uma boa história.
Há
uma forma indefinida pela qual passamos a pertencer a algo
assim
como pertencemos a certas histórias só de ouvir contar.
A
caçula chegou em casa e soube que o mais velho havia ganho um
prêmio
de redação
O
título. O pintassilgo.
Ela
mal conhecia os pássaros e de repente ouvia sobre voar no
pintassilgo
essa
ave que canta e dança a rodear o dia
algo
como pintar o céu com suas asas e assim
pertencer
ao céu de alguém
estar
livre e voltar a casa
ao
ninho
como
agora o espevitado pássaro fizera ali
no
meio da sala.
As
coisas aparecem sem a perspectiva de sua fugacidade
algumas,
retornam
Adri
Aleixo publicou Des.caminhos (2014) e Pés (2016),
ambos pela editora Patuá. Em 2019 publicou Das muitas
formas de dizer o tempo, com imagens de Lori Figueiró, pela
editora Ramalhete. É professora de Linguagens e mestranda em
Literatura Brasileira pelo CEFET-MG.
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por Rebeca Gadelha___
Curadoria: Taciana Oliveira
Esta zine surge da necessidade de movimento e da impossibilidade de continuarmos a ocupar as ruas, muros e repartições com arte, transportamos esta ocupação para o mundo digital. A proposta aqui é trazer a arte de isolamento para isolamento a fim de nos manter conectados não apenas com os outros, mas com nós mesmos. Dito isso, é traremos vários autores e autoras que, com seus versos, prosas, fotografias ou ilustrações nos falem sobre a poesia que (in)existe nesses dias em que quase esquecemos como é estar do lado de fora.
Rebeca Gadelha
Você
pode fazer o download desse arquivo: INTERNET ARCHIVES
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Tito
Leite (Cícero
Leilton) nasceu em Aurora/CE (1980). É autor do livro de poemas
Digitais do caos
(Edith,
2016) e Aurora de Cedro (Editora
7Letras,
2019). Poeta e
monge beneditino, é mestre em Filosofia pela Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Curador da Revista
Gueto.
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Rebeca
Gadelha nasceu
no Rio em agosto de 1992, cresceu em Fortaleza, na companhia dos
avós. Geógrafa sem senso de direção, artista digital, é
apaixonada por animes, mangás, games e chá gelado. Tem medo de
avião e a única coisa que consegue odiar de verdade é fígado. Foi
responsável pela diagramação, ilustrações e concepção visual
em Manifesto Balbúrdia
Poética: 80 tiros (CJA
Editora),
Coordenação,
Designer e ilustrações em
Laudelinas (Editora
Nada Estúdio Criativo),
participa
da coletânea Paginário,
publicada
pela Editora Aliás.
Atualmente
escreve para as revistas do Medium
Ensaios sobre a Loucura
e Fale com Elas sob
o pseudônimo de Jade
.
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Taciana Oliveira é mãe de JP, cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, cinema, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.