Cena Nova | Festival de Música e websérie ocupa o Teatro Arraial

 por Divulgação__

 


“Cena Nova” - Festival de Música e websérie ocupa o Teatro Arraial Ariano Suassuna

 

Em novembro de 2021, o projeto “Cena Nova” chega ao Teatro Arraial Ariano Suassuna, no Recife, para gravação com 12 shows e a produção de uma websérie que relaciona a programação com uma pesquisa sobre a atualidade do circuito musical pernambucano. Capitaneada pela Theia Produtores Associados e com curadoria de Guilherme Patriota, toda a ação é realizada com incentivo do Funcultura da Música (Secult, Fundarpe, Governo do Estado de Pernambuco).

 

 Por conta da pandemia da Covid-19 que ainda está em curso, as apresentações não serão abertas ao público, apenas poucos convidados acompanharão as gravações in loco. O público, posteriormente, acompanhará os 12 episódios da websérie “Cena Nova” com registros das apresentações de artistas/bandas do Sertão, Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana ao lado das falas de agentes profissionais e conhecedores(as) dos nossos cenários musicais, seus conceitos e práticas.

 

Assim, a programação será exibida a partir de dezembro de 2021 no canal da Theia Produtores Associados, no YouTube, trazendo a diversidade de processos criativos nos trabalhos de Marília Parente (Recife), Olegário Lucena (Taquaritinga do Norte), Adalberto (Garanhuns), Us Cafuçu (Garanhuns), Tio Zé Bá (Petrolina), Radiola Serra Alta (Triunfo), Dani Carmesim (Recife), Bruno Lins (Recife), Bule (Recife), 70 mg (Caruaru), Adiel Luna (Carpina) e Larissa Lisboa (Recife). A websérie poderá ser acompanhada gratuitamente, incluindo versões com tradução/interpretação em LIBRAS.

 

 “O Cena Nova engloba pesquisa, curadoria, apresentações e produtos audiovisuais em um festival que tem a música como centro, como foco principal. Nossa ideia não é apresentar especificamente uma cena nova, mas sim um recorte dessa cena musical atual em Pernambuco, aliada a discursos múltiplos de artistas, técnicos, jornalistas, produtores e outros profissionais envolvidos no mercado da música, com o sentido de valorizar seus trabalhos, suas falas e seus conceitos individuais em prol de um cenário coletivo que por muitas vezes é visto como disforme ou desunido. Compreendemos que, de formas distintas, todos trabalham pela cultura, pela arte, pela música, e isso é a cena: complexa, pulsante, ativa e vital para tempos como os que vivemos hoje. Mesmo antes da pandemia, quando idealizamos esta quarta versão do festival/mostra, a websérie já era um dos fundamentos, pois a Cena Nova é música, é pesquisa, são falas, são conceitos. É um emaranhado de situações e sujeitos que, mesmo em realidades, cidades e regiões diferentes, transmitem a cultura da música de Pernambuco para os quatro cantos do mundo.” (Guilherme Patriota).

 

Em toda a dinâmica programada, a curadoria, os shows, as entrevistas e o audiovisual se complementam e atendem aos objetivos de uma pesquisa que coloca em foco distintas compreensões sobre como nossa cena musical é formada. Será que interessa apenas descobrir “novos(as)” artistas? O que artistas, técnicos(as), produtores(as) e especialistas têm a dizer sobre nosso mercado e suas formas de inserção e exclusão?   A partir desses e outros questionamentos, foi possível a parceria de Guilherme Patriota, como curador, com a socióloga Laura Sousa para idealização do projeto ainda em 2019, procurando abordar narrativas e percepções que desvelam diferentes formas de pensar o que a música pernambucana ativa como novidade, como estamos enfrentando a pandemia de Covid-19, a quem interessa a supervalorização do “novo”, de que maneira as relações entre música e sociedade fazem a cena e quais as expectativas para a produção musical em Pernambuco.

 

Para os organizadores, a oportunidade de trazer falas e opiniões dos que fazem nossa cena é fundamental para contribuir no amadurecimento da produção independente no Estado. “Tecer questionamentos sobre o conceito de cena ou mercado musical que vivenciamos nos leva à escuta de artistas e profissionais que assumem diferentes funções e experiências em muitos processos coletivos. Dessa maneira, a curadoria e o festival em si se colocam em contínua pesquisa que também é exposta ao público. Evitando uma percepção fechada sobre o tema, toda a proposta busca alimentar-se de diálogos e diversidade de contextos, projetando caminhos para desdobramentos e novas versões da ação” (Laura Sousa).

 

A curadoria é resultado, sobretudo, de uma profunda vivência do mercado da música independente e autoral em nosso Estado, envolvendo diferentes contextos culturais, segmentos musicais e perspectivas profissionais. A grade abarca distintas gerações, destaca a forte potência das ações de mulheres em várias frentes do circuito local e afirma a complexidade estética de nossas cenas. Da oralidade tradicional de Adiel Luna, do setentismo do 70 Mg, da força poética de Adalberto, do folk rock sertanejo de Bruno Lins, dos synths da Bule, do blues baião de Olegário Lucena, da visceralidade de Dani Carmesim, da contemporaneidade do Radiola Serra Alta, da potencia vocal de Marília Parente, do feeling de Larissa Lisboa, do swing de Us Cafuçu ao reggae roots da Tio Zé Bá, tudo conflui em uma cena nova, inventada ou não, como um recorte composto na sua forma de gerar e incitar criações e influências.

 

Ainda, o projeto tem um foco de atenção especial em sua equipe técnica, com o sentido de valorizar e dar autonomia a cada um em suas funções e etapas do processo, compreendendo que todos esses atores são fundamentais em todo o processo da música e sua cena. A direção geral é assinada por Guilherme Patriota e Laura Sousa, a Produção Executiva pela Theia Produtores Associados, a coordenação de produção está a cargo de Duda Lopes, o som com Thiago Brigídio, os roadies são Jr. Chapa e Vitor Pequeno, a iluminação de Natalie Revoredo e João Guilherme, a direção de arte de Adeildo Leite, a produção de campo com Lourdinha Campos e Juanna Silvestre, a fotografia com Marcelo Soares, o audiovisual com Felipe Schuler e Ibanez Suaeressig, a administração com Paulo Ferreira e a acessibilidade comunicacional com  Poliana Alves (Centrae Acessibilidade comunicacional).

 

Além das potências musicais que o festival reúne, a programação ocupa o Teatro Arraial Ariano Suassuna reconhecendo a importância desse aparelho cultural como espaço que proporciona um contato intimista com a arte e que trará uma atmosfera especial aos registros das apresentações e entrevistas. As gravações ocorrerão nos dois primeiros finais de semana de novembro e todos os detalhes e informações sobre a websérie e seu lançamento poderão ser conferidos nas redes sociais da Theia Produtores Associados (@theiaprodutores).


No painel da esquerda para direita: Tio Zé Bá, Radiola Serra Alta, Us Cafuçu, Marília Parente, Dani Carmesim, Bule (por Hannah Carvalho), Bruno Lins (por Camila Leão), Adalberto, Adiel Luna, Olegário Lucena, Larissa Lisboa e 70mg

 

Serviço:

“Cena Nova” - Festival de Música e websérie ocupa o Teatro Arraial Ariano Suassuna;

Quando: novembro de 2021;

Local: Teatro Arraial Ariano Suassuna, Rua da Aurora, nº457, Boa Vista, Recife – PE.

Lançamento da Websérie “Cena Nova”;

Quando: dezembro de 2021 e janeiro de 2022;

Plataforma: Canal da Theia Produtores Associados no YouTube.

Realização: Theia Produtores Associados;

Curadoria: Guilherme Patriota;

Pesquisa: Laura Sousa;

Incentivo: Funcultura da Música (Secult, Fundarpe, Governo do Estado de Pernambuco).