Chamada aberta de coletivo literário foca em poesia e sustentabilidade

por Divulgação__






Antologia poética “Eco(ar): poesia & sustentabilidade”, do coletivo Toma Aí Um Poema, aceita inscrições até dia 25 de setembro; serão selecionados cerca de 50 trabalhos com foco na relação humana com a natureza

 

A relação humana com a natureza é foco do novo volume da antologia poética “Outros 500: não queremos mais o quinhentismo”, organizada pelo coletivo Toma Aí Um Poema como parte da “CEMana de 22”, projeto que tem como objetivo, 100 anos depois da Semana de Arte Moderna, organizar, mapear e registrar a produção contemporânea de poesia. Este volume, com chamada aberta até dia 25 de setembro, traz o tema “Eco(ar): poesia & sustentabilidade”, abrangendo debates que envolvam assuntos relacionados, como a crise hídrica, a mudança climática, o consumo desenfreado, o desmatamento, entre outros. O resultado da chamada está previsto para ser divulgado no final do mês.

 

“Escrever sobre o meio ambiente é uma forma de registrarmos, denunciarmos e cuidarmos da nossa sobrevivência. Escrever sobre a natureza é mostrar resistência ao consumo desenfreado e a políticas de exploração dos recursos naturais. É criar, fornecer e fazer circular informações sobre a importância da conservação ambiental e da sustentabilidade pensando na qualidade de vida do futuro e das próximas gerações”, frisa Jéssica Iancoski, editora do Toma Aí Um Poema. 

 

Sofremos um grande retrocesso em diversas áreas nos últimos anos. Na área ambiental não foi diferente, infelizmente. ‘Passaram a boiada’ e passaram com vontade. Nunca foi tão urgente falarmos sobre o ambiente que nos cerca e estarmos inseridos nesse contexto. Proteger as florestas, os solos, os rios e os animais é necessidade para sobrevivência. Mas não podemos falar de proteção de algo que não conhecemos e essa é a importância de encontrar formas e caminhos de apresentar essa pauta ambiental urgente a todas as pessoas”, frisa Jaime Barros dos Santos Junior, integrante do coletivo, engenheiro florestal e cadeira número 37 na Academia Altamirense de Letras. “A poesia é uma forma linda e autêntica de fazer isso acontecer. É uma expressão literária e cultural que pode levar para todos os cantos temas sensíveis como esse em questão e sensibilizar a população de nosso país”, acrescenta.

 

Para participar da chamada, cada candidato poderá inscrever-se com um único poema que deve, obrigatoriamente, conter um título e ter no máximo 25 linhas, contando os espaços entre estrofes. O material não precisa ser inédito. Os participantes devem ter mais de 18 anos. Produções que ferem os direitos humanos ou particulares serão excluídas. As inscrições podem ser feitas por meio deste formulário. Serão aceitos aproximadamente 50 trabalhos para compor a antologia. O regulamento completo do edital está disponível no site do coletivo.

 

Natureza sempre em pauta


A editora do Toma Aí Um Poema também está com títulos em pré-venda que abordam a temática: “Devaneios ambientais”, do baiano Italo Brasileiro, que traz reflexões sobre a importância de envolver mais cultura no meio ambiente. “Tenho muitos devaneios sobre nossa existência, sobre como caminhamos e para onde vamos. Se tudo que temos e somos vem do meio ambiente, porque não conseguimos enxergar que precisamos cuidar?”, reflete o autor.

 

Já “Boa chuva”, da mineira Ana Pedrosa, também em pré-venda, traz poemas tecidos junto ao universo de experiências afetivas, espirituais, filosóficas e políticas da autora. “Atravessa uma trajetória de vida marcada pelas sabedorias da terra, atravessa o que hoje é meu campo de pesquisa e o fato de eu ser yawô”, explica a poeta.

 

Anteriormente, o coletivo Toma Aí Um Poema já organizou a antologia “Chorando pela natureza”, focada em geopolítica ambiental. Ao todo, o livro reúne o material de 85 poetas contemporâneos do Brasil e de Portugal. Em comum, as poesias abordam a questão das relações insustentáveis envolvendo o meio ambiente.

 


Literatura livre, inclusiva e gratuita para todos

 

 

O Toma Aí Um Poema é um coletivo preocupado com a inserção de autores e autoras independentes em novos espaços de divulgação e promoção de literatura. É um projeto social de acolhimento, de incentivo e de desenvolvimento da escrita e da leitura. É uma potente publicadora de material literário em múltiplas mídias: podcast (o maior de literatura falada no Brasil, com mais de 70 mil ouvintes somente no Spotify), revista, livros físicos e digitais e redes sociais.  

 


O objetivo é publicar o máximo possível de poesia, incluindo minorias, e fazer circular novos pontos de vista dentro da literatura brasileira, também auxiliando e fornecendo informações para autores independentes sobre o mercado editorial brasileiro. “Queremos contribuir e estimular a literatura gratuita e livre para todos”, frisa a editora Jéssica Iancoski. “Neste ano estamos incentivando a emancipação dos autores, em relação às editoras prestadoras de serviço. Acreditamos em um mercado editorial mais justo e sem exploração.”