Coelho Branco, Coelho Vermelho ganha encenações simultâneas em 32 países

 por Divulgação__





Performance “Coelho Branco, Coelho Vermelho” ganha encenações simultâneas em 32 países, dia 13 de março; Recife e Caruaru estão entre as cidades escolhidas

Evento a partir da obra do iraniano Nassim Soleimanpour celebra a resistência dos artistas de teatro. Em Caruaru, marca a pré-inauguração do Lício Neves - Espaço de Arte



Uma peça que abre mão de tudo que é seguro: sem ensaio prévio e com total desconhecimento do intérprete em relação ao texto, o improviso guia o desenvolvimento da ação, colocando artista e público em uma zona de tensionamento das possibilidades cênicas. É assim “Coelho Branco, Coelho Vermelho” (“White Rabbit, Red Rabbit”, no original, em inglês), do dramaturgo iraniano Nassim Soleimanpour. No dia 13 de março, em um grande evento global, a performance ganha apresentações em 32 países, como Brasil, Austrália, Camboja, Dinamarca, África do Sul, Inglaterra, entre outros. Em Pernambuco, acontecem duas sessões gratuitas, às 20h: no Recife, no Teatro Hermilo Borba Filho, e em Caruaru, no Lício Neves - Espaço de Arte, que faz sua pré-inauguração na ocasião. Os trabalhos também serão transmitidos online.


Sem diretor, ensaio ou cenário, “Coelho Branco, Coelho Vermelho” é uma experiência teatral que desde sua estreia, em 2011, tem hipnotizado plateias de diferentes culturas. Escrita em um momento no qual Nassim Soleimanpour estava impedido pelo governo iraniano de deixar o país (atualmente, ele vive em Berlim), a peça reafirmou o poder transgressor da arte, e tem circulado sem fronteiras, tendo sido encenado mais de três mil vezes desde sua sessão inaugural.  Grandes nomes do teatro e do cinema, como John Hurt, Whoopi Goldberg, Stephen Rea, Lília Cabral e Fábio Porchat já trabalharam com o texto. 


O texto, traduzido para o português por Maurício Ayer, traz reflexões sobre autoritarismo, com pinceladas autobiográficas, mas é importante não saber muito sobre o conteúdo, pois o fator surpresa faz parte do jogo cênico. Tanto que só é possível para um ator interpretar o texto uma única vez, improvisando, na medida em que se depara com a dramaturgia, entregue a ele/ela em um envelope fechado. O evento global, com as apresentações simultâneas em vários países, teve início em 2021, como uma celebração da resistência das artes cênicas. A data escolhida, 13 de março, rememora a época em que os teatros estiveram de portas fechadas, por conta da pandemia de covid-19.


Em Pernambuco, a primeira experiência aconteceu em 2022, quando o artista Ângelo Fábio ficou responsável por dar vida ao texto, durante uma sessão em Camaragibe. Agora, ele retorna na produção da sessão no Recife, com seu Pós-Traumático Coletivo Produções, que desenvolve ações no campo da experimentação e pesquisa nos diversos campos das artes, cultura e desenvolvimento social.. Na ocasião, o solo é vivido por André Ferraz, ator, diretor e professor de pedagogia do Teatro na UnB. A sessão conta com tradução em libras de Poliana Alves.


Em Caruaru, a produção fica a cargo do Teatro Experimental de Arte - TEA e conta com atuação  de Iris Marcolino, multiartista, escritora e doutora em Educação. A noite marca a pré-inauguração do Lício Neves - Espaço de Arte, sede do coletivo e equipamento cultural que reforça o caráter agregador de múltiplas linguagens do TEA, grupo em atuação desde 1962 e que é reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco, realizando, além de cerca de 60 montagens e diversas atividades formativas, desde 1981, o FETEAG - Festival de Teatro do Agreste, responsável por levar a Caruaru espetáculos locais, nacionais e internacionais.

Fichas Técnicas

Caruaru

Atuação: Iris Marcolino / Produção Executiva: Fábio Pascoal / Transmissão web: Jackson Freire e Amanda Freire / Apresentação e Iluminação: Pedro Henrique / Assistente de Produção: Ju Zupardo / Produção: Teatro Experimental de Arte / Realização: Aurora Nova


Recife

Ator: André Ferraz / Apresentação e Transmissão web: Jatiassi Danilo e Igor Santos (Canal Capibaribe) / Tradução em Libras: Poliana Alves / Iluminação: André Xavier / Produção: Pós-Traumático Coletivo Produções / 


Realização: 

A Aurora Nova é uma produtora de artes cênicas contemporâneas, com sede em Berlim, Alemanha. A empresa foi fundada em 1996 pelo produtor britânico Wolfgang Hoffmann, com o objetivo de promover e produzir teatro, dança e outras formas de arte e é conhecida por suas produções inovadoras, que muitas vezes combinam diferentes formas de arte e experimentam com novas técnicas e tecnologias. Além do "White Rabbit, Red Rabbit" a realizou outras produções notáveis como a "Betroffenheit", da companhia canadense Kidd Pivot, e "L'Effet de Serge" da companhia belga Ontroerend Goed.



SERVIÇO:


“Coelho Branco, Coelho Vermelho”, de Nassim Soleimanpour
Dia 13 de março, às 20h
Recife: Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais da Aurora, s/n, Bairro do Recife), com transmissão online no Canal Pós-Traumático Coletivo Produções: clica aqui

Caruaru: Teatro Lício Neves - Espaço de Arte (R. Carlos Laet, 356 - Indianópolis), com transmissão online no  canal do YouTube do Feteag Caruaru : clica aqui