por Carlos Monteiro |
Carioquices
Um
carioca genuinamente da gema gabarita este questionário; o quanto você é
carioca?
Onde o
buraco é mais embaixo; no Lume, no Padre ou na Lacaria?
A melhor
batata é a do Marechal ou do Coronel?
Escondidinho
ou Sujinho?
Jogo de
Bola é na rua ou no Campinho?
Charm têm
Madureira ou a Danusa Leão?
O
Sargento Pimenta gera Fogo e Paixão?
Quem anda
descalça a Carmelita ou Clarissa?
Insulano
pode ser o ‘gentílico’ dos moradores de que áreas do Rio?
Se o
Leblon é cercado de água por todos os lados – dois canais, Lagoa e o mar –
podemos dizer que é uma ilha na Zona Sul?
Mate,
limão, meio a meio, pingado… vai um choro?
Quantas
Penhas, Vargens, Cosmos, Coelhos, Engenhos e Rochas têm o Rio?
Se o
Dragão Chinês o Alex é Moraes?
Oitis ou
Acácias?
A
Freguesia dá duas possibilidades?
Quais
montanhas têm nomes dados a peças de embarcações?
Sacopenapã
é princesinha?
Celacanto
provoca maremoto, mais amor por favor, gentileza gera gentileza?
Geraldino
ou arquibaldo?
O Oswaldo
bate em alguém?
Se a boca
do Quintino é uva, que sabor tem a Boca do Mato?
Arco é do
Teles, da Lapa ou da Velha?
A Praia é
de Ipanema ou do Théo-Filho!
Roniquito
ou Rony Cócegas?
Doce ou
salgado?
Dicró ou
Bezerra?
Da feira
do Adão ou do Degrau?
Tupi,
Turiaçu ou Piraquê.
Não
deformam, não soltam as tiras e não têm cheiro e todo carioca usa… até com
terno.
Do
Peixoto, da Glicério ou da Lavradio?
Bip-bip
ou Pavão?
Toneleiro,
Tonelero, Toneleiros ou Toneleros?
Botânico
ou Lage?
Ajuda ou
Melvin Jones; Larga ou Floriano?
Rio de Janeiro ou Cidade Maravilhosa?
Carioquices são assim esse imenso cenário, esse turbilhão de luz. São Sebastião só Rio, de janeiro a janeiro, porque em fevereiro eu sambo, em março são águas, em abril as cores do Santo Guerreiro, em maio ensaio, em junho eu canto, em julho me espanto, agosto eu gosto, setembro me enrosco, outubro é próspero, novembro nem lembro que já é quase dezembro.
Carlos Monteiro é fotógrafo, cronista e publicitário desde 1975, tendo trabalhado em alguns dos principais veículos nacionais. Atualmente escreve ‘Fotocrônicas’, misto de ensaio fotográfico e crônicas do cotidiano e vem realizando resenhas fotográficas do efêmero das cidades. Atua como freelancer para diversos veículos nacionais. Tem três fotolivros retratando a Cidade Maravilhosa.
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