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por Taciana Oliveira___

No último mês de março o Centro Cultural Banco do Nordeste em Fortaleza promoveu A Imagem da Palavra: Oficina Criativa de Narrativas Visuais. Na programação conceitos básicos sobre as afinidades das narrativas literárias e cinematográficas. Foram três dias de conversas, atividades teóricas e práticas relativas à concepção de roteiros para a produção de quatro videopoemas.

por Taciana Oliveira___


"Que época maravilhosa!" Ditadura de esquerda ou de direita é ditadura. Torturador não é herói, não merece homenagens. Quem legitima ódio, violência e preconceito não me representa.



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Taciana Oliveira é cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem


por Taciana Oliveira__


Jane Fonda em cinco atos é um documentário que aborda a trajetória da atriz a partir do resgate de suas memórias e relacionamentos afetivos. Filha do ator Henry Fonda, refém emocional da trágica morte de sua mãe, Jane relembra seus três casamentos, escancara suas fragilidades e reconstrói o período significativo de sua militância. Feminista desde sempre, a narrativa do documentário revela uma mulher ainda profundamente conectada com o futuro.


por Taciana Oliveira__

As Duas Mortes de Sam Cooke é um documentário que aborda a trajetória do cantor e compositor considerado por muitos o pai da Soul Music ou o Rei do Soul. Sam Cooke foi um dos primeiros e mais importantes artistas militantes dos direitos civis americanos. Filho de um pastor evangélico, criado em Chicago, começou sua carreira musical cantando em igrejas até tornar-se vocalista de uma banda gospel. Anos depois foi contratado por uma grande gravadora e sua voz ganhou as rádios americanas. Por sua elegância e suavidade na interpretação, no início da carreira passou a ser comparado a Frank Sinatra.
Visionário, em uma época que as grandes gravadoras dominavam o mercado, investiu na criação de um estúdio de gravação voltado exclusivamente na valorização e contratação de músicos negros. Era amigo de Muhammad Ali, Malcolm X, Smokey Robinson e de tantos outros nomes que contestavam a política segregacionista do governo americano. Cooke era o segundo maior nome em vendas da gravadora RCA, ficando atrás apenas de Elvis Presley. Talento incontestável, morreu aos trinta e três anos em circunstâncias até hoje não devidamente esclarecidas. Seu legado musical inspirou gente como Marvin Gaye, All Green e Michael Jackson. Inspirado em Bob Dylan, que escreveu Blowin' in the Wind, Cooke compôs Change is gonna come, canção que virou o hino dos direitos civis nos Estados Unidos. Seus versos foram citados no discurso de posse do presidente americano Barack Obama em 2014.

A direção do documentário é de Kelly Duane . O filme é costurado por depoimentos de familiares, amigos e fãs, e ainda conta com as participações de Quincy Jones e Dionne Warwick. Abaixo uma playlist de grandes sucessos de Sam Cooke e o trailer do filme.



I was born by the river in a little tent
Oh and just like the river I've been running ever since
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

It's been too hard living but I'm afraid to die
Cause I don't know what's up there beyond the sky
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

I go to the movie and I go downtown
Somebody keep telling me don't hang around
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

Then I go to my brother
And I say brother help me please
But he winds up knockin' me
Back down on my knees

There been times that I thought I couldn't last for long
But now I think I'm able to carry on
It's been a long, a long time coming
But I know a change gonna come, oh yes it will

A Change Is Gonna Come, Sam Cooke








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Taciana Oliveira é cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.


por Taciana Oliveira___



Sim, Boneca Russa merece uma maratona. Assisti de um fôlego só. A série tem um roteiro inteligente, uma narrativa enxuta construída por diálogos hilários. A ironia e o loop atemporal que permeia os oito episódios são a fonte de sustentação para o desenvolvimento dos conflitos psicológicos das personagens. Porém, nem tudo na série é motivo pra gargalhada. Rir de tudo em Boneca Russa é sinal de desespero.
Natasha Lyonne
A história começa na comemoração do aniversário de Nadia (Natasha Lyonne), que após um acidente “fatal” mergulha em uma espiral de repetições diárias com efeitos diferentes para determinadas situações de sua existência. Nessa viagem é possível vislumbrar passagens determinantes na formação de sua personalidade, e perceber que o seu envolvimento com o mundo estabelece consequências inevitáveis para quem a cerca. Com um elenco extremamente afinado, uma montagem ágil e uma trilha sonora que te pega no primeiro verso de Gotta Get Up, de Harry Nilsson, a série é uma caixa de referências pop que vão desde a citação do filme Vidas em Jogo de David Fincher até o nome da empresa onde Nadia trabalha, Rock and Roll Games, uma homenagem explícita a produtora Rockstar Games, das séries Grand Theft Auto e Red Dead Redemption.
Fuja do clichê “mais um roteiro parecido com o filme Feitiço do Tempo.” A produção em questão não é o primeira a utilizar do mesmo recurso narrativo. La jetée, um curta-metragem de ficção científica, dirigido pelo francês Chris Marker em 1962, já apostava na fórmula. Há dezenas de outros títulos que utilizam dessa ferramenta criativa para criar histórias que transcendem além do loop atemporal e da viagem no tempo. Boneca Russa não é uma simples comédia de costumes. A proposta das roteiristas Natasha Lyonne, Leslye Headland e Amy Poehler, extrapola comparações simplistas com o filme de Harold Ramis. Fuja dessa premissa e dê o play no primeiro episódio.








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Taciana Oliveira é cineasta, torcedora do Sport Club do Recife, apaixonada por fotografia, café, música e literatura. Coleciona memórias e afetos. Acredita no poder do abraço. Canta pra quem quiser ouvir: Ter bondade é ter coragem.



por Taciana Oliveira___

        Nereu Gargalo, componente ilustre do majestoso Trio Mocotó, é uma daquelas figuras emblemáticas na história da MPB. Na sua trajetória musical trabalhou com nomes como: Vinicius de Moraes, Clementina de Jesus e Nelson Cavaquinho. É do encontro de Jorge Ben com o Trio Mocotó que nasce o gênero musical samba-rock. Essas e outras histórias estão no documentário No Gargalo do Samba, dirigido por Águeda Amaral e José Augusto De Blasiis, uma produção da produtora paulista Cabelo Duro. O documentário é vencedor do VI DOCTV LATINOAMÉRICA e tem exibição garantida em 16 países da América Latina. 
              A história da produção do filme começa no encontro de Águeda e Nereu promovido pelo DJ Dony Dancer. A diretora de imediato se encantou pela ideia da criação de um documentário, que durou exatos oito anos para ser concretizado. No Gargalo do Samba reúne amigos, familiares e músicos admiradores do artista. A narrativa proposta para o filme não traz um esboço da personalidade do músico. O documentário é 100% Nereu. Os diretores costuram com maestria entrevistas, recortes biográficos e momentos musicais como se escrevessem a partitura de um samba. O passado é atualizado numa conexão rítmica com o futuro. O menino e o homem se reencontram para ditar a batida. Revelam no mesmo olhar que a vida que corre pela suas mãos é música. Para assistir No Gargalo do Samba é preciso ficar atento à programação da TV Brasil, detentora atual dos direitos de exibição no país. Há uma proposta futura de encontrarmos No Gargalo do Samba nas salas de cinema. Estamos na torcida! Beleza, beleza, beleza!