por Divulgação__
Coisa Perdida, livro de Taciana Oliveira, é o próximo lançamento do Selo Editorial Mirada. A obra reúne uma seleção de poemas concebidos ao longo dos últimos anos que ressignificam a trajetória da autora e refletem as transformações comportamentais e sociais que marcaram a sua geração. Cineasta, comunicóloga e editora das revistas Laudelinas e Mirada, Taciana dirigiu o filme "Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo", premiado recentemente pela escolha do público no 49º Festival Sesc Melhores Filmes.
A campanha de pré-venda pretende complementar os recursos para a produção e distribuição do livro, e estará aberta até o dia 06 de agosto de 2023.
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Mil decibéis de uma canção
Talvez você não entenda
a sensação plena do vácuo
a dor que me arrasta como um barco
às três horas da manhã.
Talvez você não perceba
o meu desequilíbrio nas linhas
a rigidez do sorriso cínico
a bússola sem magnetismo
o trem desgovernado na estação.
Talvez não valha o esforço
de uma canção no teu corpo
mil decibéis no coração.
Quanto te orgulha
esse déjà vu medieval
o sal, o fogo,
a pedra de cal
o sangue animal
na rede social?
Talvez você não entenda
nem queira ouvir o bem-te-vi
a desafiar os fios de alta tensão.
Tudo isso meu bem nem sei se é um poema
talvez seja uma bomba sem efeito
um corte profundo
em uma sala de cinema
na esquina de um país.
O QUE FALAM SOBRE O LIVRO?
"Coisa perdida é a poesia pulo do gato, melhor dizendo, da leoa, que habita o peito da autora. A obra é dividida em partes, uma cronologia poética da dor. Da criança à mulher adulta que literalmente sangra e, entre abismos e escuros, essa menina, essa mulher, se abraça e se salva."
Argentina Castro, antropóloga e escritora
"Aqui, uma infância é permeada de silêncio e luto. Há uma criança que a poeta embala na memória, uma menina condenada ao inferno em um jogo de amarelinha. E há um mundo hostil e violento, com a visibilidade como alvo. Há, sobretudo, uma poética da memória de algo que escapou e não foi possível nomear."
Lisa Alves, poeta e cineasta
"Coisa Perdida, de Taciana Oliveira, apresenta singularidades que nos remetem a conceitos e termos lacanianos de parlêtre, gozo, trauma, sintoma, pulsão e cicatrizes que enodam o inconsciente e o real, a linguagem, o corpo e o saber. Seria, então, um gozo-real e ao mesmo tempo traumático, no qual o eu lírico transita por versos autobioficcionais e nos revela os sintomas de encontros nos quais o real é versificcionalizado."
Iaranda Barbosa, escritora e professora da UEPB