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por Rebeca Gadelha__


Foto: Anastasia Taioglou

 

por Rebeca Gadelha__


 

por Rebeca Gadelha e Taciana Oliveira___

 


 

por Rebeca Gadelha__



 

por Rebeca Gadelha__


Ilustração: Rebeca Gadelha

 

por Bruna Sonast__

 


 

por Rebeca Gadelha__


Foto: Lisiane Forte


 

por Rebeca Gadelha__



 por Rebeca Gadelha__


Nakono


 

por Rebeca Gadelha__

 


 por Iaranda Barbosa__







Abayomi

 

Se uma mentira dita mil vezes se torna uma verdade, o que dizer de uma mentira contada, repetida e legitimada durante exatos 133 anos? O 13 de maio de 1888 não representou nem representa a libertação dos povos africanos escravizados. Tampouco a Princesa Isabel é o símbolo maior de salvação e luta abolicionista. Diversos são os mecanismos de força e opressão utilizados pelos grupos que sempre estiveram no comando e almejam perpetuar a hegemonia do poder. Seja por meio de ferramentas explícitas seja por estratégias subliminares, o pensamento dominante criou a imagem do povo preto sob inúmeros estereótipos, demonizando-a, inferiorizando-a, incapacitando-a. Logo, a sociedade reforça e reproduz discursos pautados, sobretudo, no embuste da adaptação da mão de obra negra em detrimento da indígena e na figura da herdeira de Dom Pedro II enquanto a grande redentora dos negros escravizados.


É na contracorrente dessas falácias, ainda hoje contadas e reforçadas por alguns livros de História e nem sempre discutidas nas salas de aula, que surge a Antologia das Mulheres Pretas, uma edição publicada pelo Selo Mirada Editorial, destinada a reunir mulheres pretas conscientes da ancestralidade e das heranças deixadas por guerreiras tais quais Dandara e Tereza de Benguela. Nesse sentido, o encontro aqui promovido surge enquanto manifesto, repúdio, repulsa, recusa para com a distorção, a falta de respeito, a não valorização da nossa história e a negação da nossa cultura. Logo, a Antologia das Mulheres Pretas não surge para comemorar esta data, mas sim para trazer reflexões, inquietações e discussões a respeito de infindáveis problemáticas a ela relacionadas.


Sob a temática “Liberdade”, cuja concepção abarca diversos sentidos e significados, mulheres de todas as partes do país deixaram registradas suas inquietações e visões de mundo através de materiais inéditos produzidos sob a forma de prosa, poemas, fotografias e ilustrações. Espaços como este são de extrema importância para que contemos nossas próprias histórias e pratiquemos o que Conceição Evaristo denomina de escrevivências. É imprescindível ouvirmos nossa própria voz e as vozes de outras mulheres com experiências e concepções de mundo diversas para que possamos compartilhar vivências, pensamentos e sentimentos, a fim de convergir para diálogos e aprendizados sem perder de vista a luta contínua e árdua contra as mais diferentes e cruéis formas de discriminação.


Lutamos por sermos mulheres, lutamos por sermos pretas, lutamos, novamente recorrendo ao pensamento de Conceição Evaristo, para forçar passagens e ocupar espaços a nós ampla e historicamente negados por uma estrutura racista, patriarcal, sexista e misógina que a todo momento cria estratégias e se utiliza de instrumentos para impedir nossa ascensão social, política, intelectual, econômica.


É exatamente por sermos conscientes desses sistemas opressores que decidimos nos unir e criar um espaço nosso, onde possamos nos expressar, utilizando nossas produções como arma libertária. Através da nossa arte mais e mais mulheres podem ouvir nossos gritos, protestos, louvores e apelos e compreender que eles são um convite para que elas também se juntem à luta. Locais de comunhão promovem o autocuidado, o amor próprio, a autoestima, o olhar sobre si mesma. Nesse sentido, a Antologia das Mulheres Pretas se propôs a disponibilizar gratuitamente os textos aqui selecionados, para que o número de pessoas seja cada vez maior. Dessa maneira, ampliamos o movimento simultâneo de nos aquilombar e expandir para irrompermos novos espaços e conquistarmos ainda mais a liberdade de corpos, cabelo, pensamento, espírito, voz, ação, enfim, para que alcancemos o rompimento de todas as grades, mordaças e amarras seculares que tentaram nos aprisionar, nos invisibilizar e nos silenciar em meio aos mais variados âmbitos. 


            Axé.


Iaranda Barbosa


20 de abril de 2021

 

Organização & Curadoria


Iaranda Barbosa

Liliana Ripardo

Juliana Berlim

 

Idealização 


Argentina Castro



Capa


Deborah Dornellas 



 

Revisão


Carla Vilella de Mattos 



Diagramação


Rebeca Gadelha

 

Autoras (Prosa/ Poesia)


Facetas de liberdade – Amanda Izaias da Silva

Respiro – Lenita Ramos Vasconcelos

Eu poeta - Natália Pinheiro

Reflexões  - Isabete Fagundes

Verdade e liberdade - Gabriella Poles

O sequestro – Alessandra Barbosa Adão

Quando existir é subverter – Desirée Simões

Poderosa filha Malkia – Sheila Martins

Liberdade às Yabas - Delma Gonçalves 

Alguém viu a liberdade - Fátima Farias

 

Ilustrações/Fotografias


Iansã – Gilda Portela

Ensaio "Toda nudez será castigada"– Amanda Cardoso

Danielle dos Anjos

 

Autoras Convidadas


Celeste Estrela (prosa)

Deborah Dornellas (ilustrações)

Lilia Guerra (prosa)

Taylane Cruz (prosa) 


Download: aqui


 

 

 

por Taciana Oliveira___

 


por Rebeca Gadelha__


O lago, ilustração de Rebeca Gadelha

 por João Gomes, Rebeca Gadelha e Taciana Oliveira__

 




 por Rebeca Gadelha__



 por Iaranda Barbosa___

 


 

por João Gomes__



 por Taciana Oliveira__



 

por Rebeca Gadelha__




 por Taciana Oliveira__

Uns quês” de João Cabral e Clarice Lispector1